Resultado de imagem para mãeSanta Mônica é o exemplo claro do poder da oração das mães pelos filhos. Ela nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.
Deus estabeleceu uma lei: precisamos pedir a Ele as graças necessárias em nossa vida, para sermos atendidos. Jesus foi enfático: “E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (Lc 11,8-10). Quem não pede não recebe.
Jesus disse isso depois de contar aquele caso do vizinho que bateu na porta da casa do outro para pedir um pouco de pão à meia noite, porque tinha recebido uma visita e estava sem pão. Como o outro não quis atende-lo, Jesus disse: “Eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.
Ora, o que Jesus está querendo nos ensinar com isso?
Que devemos fazer o mesmo com Deus. Importuná-lo! Mas, por que Deus faz assim? É para saber se de fato confiamos Nele; se temos fé de verdade, como aquela mulher Cananeia, que não era judia, mas que pediu com insistência que curasse o seu filho endemoniado (Mt 15, 22). Se a gente pede uma vez ou duas, e não recebe, e não pede mais, é porque não confiamos Nele.
Santo Agostinho ensinou o seguinte: “Deus não nos mandaria pedir, se não nos quisesse ouvir. A oração é uma chave que nos abre as portas do céu. Quando vires que tua oração não se apartou de ti, podes estar certo de que a misericórdia tão pouco se afastou de ti. Os grandes dons exigem um grande desejo porquanto tudo o que se alcança com facilidade não se estima tanto como o que se desejou por muito tempo. Deus não quer dar-te logo o que pedes, para aprenderes a desejar com grande desejo”.
Ninguém como ele entendeu a força da oração de uma mãe por seu filho; pois durante vinte anos sua mãe Santa Mônica rezou pela conversão dele, e conseguiu. Ele mesmo conta isso no seu livro “Confissões”.
Ele disse que ela ia três vezes por dia diante do Sacrário em Hipona, e pedia a Jesus que seu Agostinho se tornasse “um bom cristão”. Era tudo que ela queria, não pedia que ele fosse um dia padre, bispo, santo, doutor da Igreja e um dos maiores teólogos e filósofos de todos os tempos. Mas Deus queria lhe dar mais. Queria de Agostinho esse gigante da Igreja, então, ela precisava rezar mais tempo e sem desanimar. E Santa Mônica não desanimou, por isso temos hoje esse gigante da fé. Fico pensando se ela parasse de rezar depois de pedir durante 19 anos… Não teria o seu filho convertido. E nós não teríamos o Doutor da Graça.
Quando Agostinho deixou a África do Norte, e foi ser o orador oficial do imperador romano, em Milão, ela foi atrás dele. Tomou o navio, atravessou o Mediterrâneo, e foi rezar por seu filho. Um dia, foi ao bispo de Milão, em lágrimas, dizer-lhe que não sabia mais o que fazer pela conversão de seu Agostinho, que o bispo bem conhecia por sua fama. Simplesmente o bispo lhe respondeu: “Minha filha, é impossível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas”.
E aconteceu. Santo Agostinho, ouvindo as pregações de Santo Ambrósio, bispo de Milão, se converteu; foi batizado por ele, e logo foi ordenado padre, escolhido para bispo, e um dos maiores santos da Igreja. Tudo porque aquela mãe não se cansou de rezar pela conversão de seu filho… vinte anos!
Santo Agostinho disse nas “Confissões” que as lágrimas de sua mãe diante do Senhor no Sacrário, eram como “o sangue do seu coração destilado em lágrimas nos seus olhos”. Que beleza! Que fé!
É exatamente o que a Igreja ensina: que nossa oração deve ser humilde, confiante e perseverante. Humilde como a do publicano que batia no peito e pedia perdão diante do fariseu orgulhoso; confiante como a da mãe Cananeia e perseverante como a da mãe Mônica. Deus não resiste às lágrimas e as orações de uma mãe que reza assim.
Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.
O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”. Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo.
Prof. Felipe Aquino

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Não é fácil ser Mãe!


Neste mundo que se agita num mar de violências e de guerras, não podemos deixar de nos lembrar de tua pessoa, exatamente porque ainda és, a maior reserva de amor que Deus quis neste mundo. Tu, ó mãe, tens entre os homens o primado do coração.
Nem os arranha-céus mais altos, nem os computadores mais possantes, nem os aviões mais velozes, podem ser comparados à beleza transcendente do teu olhar e o sentimento incomparável do teu coração.
Mãe, foste criada não só para dar a vida aos homens, muito mais do que isto, para semear o amor entre eles, e dar ao mundo um rosto humano.
O mundo precisa aprender contigo mãe, antes que seja tarde, a lição do perdão sem limites, da compaixão que faz sofrer solidária, da bondade que supera toda inveja, da paciência que vence toda inquietação, do amor que vence todo ódio, e que é mais forte do que a morte.
Somos gratos a Deus que te criou e te deu de presente a cada um de nós. A tua beleza é grande porque em ti é grande a intensidade do espírito que penetra a matéria.familiasantuariodavida
Sobretudo mãe, queremos reconhecer e agradecer pela gratuidade das tuas boas obras. Sois como a raiz da árvore, sempre escondida, mas sempre promovendo o crescimento dos ramos e dos frutos.
Disse alguém que “o prazer da abelha é sugar o mel da flor, mas o prazer da flor é entregar o mel à abelha”. Sei que assim és mãe!
Olhando para ti aprendemos a dar graças a Deus todos os dias.
E, se por acaso, alguém não reconhecer o teu valor, ou não retribuir com gratidão ao teu amor que nunca acaba, saiba que o Criador te vê. Mãe, mais do antes, precisamos muito de ti!
Ser pai é um mais fácil. É claro que pai é importante. Pai é tudo de bom. Pai brinca, conversa, carrega, embala, dá banho, provê necessidades físicas e mentais, participa ativamente, defende a gente. Pai é bom, é gostoso, transmite segurança.
Mas mãe é diferente. Mãe está acima do bem e do mal. Mãe tem uma autoridade espiritual sobre seu bebê, mãe renuncia, mãe pede todo dia pra Deus interceder pelos seus filhos. Consagra ele todo dia a Nossa Senhora e aos Anjos. Às vezes não tem tempo nem de tomar banho direito, de fazer as unhas e arrumar os cabelos. Mãe vive para o filho. Ela em último lugar.
Pai não carrega nove meses dentro de si um ser humano em gestação. Não passa mal, não vê sua pressão cair, não tem sua bexiga comprimida.
O pai não tem seu corpo invadido por um bisturi, não faz cesárea, não faz parto normal, não sangra muitos dias depois do parto. Mãe, depois que o filho sai de seu ventre, passa para a sua cabeça; e dali não sai nunca mais.
Pai não tem que amamentar o filhinho, às vezes com dores nos seios. Pai não sofre com o corpo modificado no espelho, e pode devolver para mãe o bebê quando perde o fôlego de chorar. Pai tem uma retaguarda que se chama mãe.
Mãe não tem um interesse maior que não seja pelo bem estar do seu filho. Mãe sabe a data de cada vacina, mãe sofre com a febre, mãe se despedaça em mil com o choro. Mãe acaricia o bebê, faz piruetas para ganhar uma risadinha.
Mãe enfrenta um exército…. de salto alto e de peito aberto! Se todo o mais faltar, a mãe estará junto ao seu filho.
É tão bom ter mãe que Jesus deu a Sua Mãe para ser nossa mãe espiritual, guia para Deus. Ricardo de São Vítor disse: “O nome de Maria cura os males do pecador com mais eficácia que os unguentos mais procurados. Não há doença, por desastrosa que seja, que não ceda imediatamente à voz desse bendito nome”.
Alguém disse que o nome de Maria desarma o coração de Deus. Não há pecador, por mais criminoso que seja, que o pronuncie em vão. O nome de Maria abre o coração de Deus e põe todos os tesouros d’Ele à disposição da alma que o invoca. São Bernardo a chamou de “onipotência suplicante”.
É tão bom ter Mãe que até o Filho de Deus, o Verbo divino que nada precisa, quis ter uma Mãe. Ela o acompanhou da manjedoura até a Cruz. Foi o seu consolo, a sua ajuda humana mais importante. Ela é o Modelo de todas as outras mães: humilde, prestativa, disponível, paciente, desapegada de tudo, pura, bela, santa, imaculada, bondosa, meiga, compassiva, corajosa… silenciosa. Amar é sofrer, amar é dar-se; amar é dizer Não a si mesmo para dizer Sim ao outro. Amar é ser mãe!educarpelaconquista
Alguém disse um dia que “ser mãe é sofrer no Paraíso”. Nada faz sofrer tanto quanto as dores do filho; mas nada a alegra tanto quanto o seu sorriso. Não há figura mais doce e bela que a mãe; gestora e educadora da vida. Se é belo e nobre construir casas, carros, computadores… o que há de mais nobre que gerar e construir um ser humano, imagem de Deus?
Parabéns a todas as mães: as que geraram seus filhos no ventre, ou no coração. Obrigado pelo teu ventre que nos acolheu, e não nos rejeitou, e gerou em nós a vida. Obrigado pelas noites sem dormir; pelas lágrimas derramadas, pelas lutas de cada dia; pelo pão de cada dia, pela cama sempre arrumada, a mesa sempre pronta, o lar sempre aquecido com seu calor. És, de fato, o sol da família, tens o primado do coração.

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O papel da mãe na criação dos filhos



Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. É por causa da importância dessa tarefa, que nos deu o quarto Mandamento: “honrar pai e mãe”. Sem a educação dos pais os filhos se perdem; é por isso que as nossas cadeias estão cheias de jovens e a droga consome a muitos, além do mundo do crime.
Nada é tão grande neste mundo como construir um ser humano. As máquinas acabarão um dia, mas o nosso filho jamais.
É pela educação que o ser humano conquista e desenvolve as suas faculdades; e Deus quis que isto fosse feito antes de tudo pelos pais, e de modo especial pela mãe. Hoje sobretudo, onde muitas mães são obrigadas a criar sozinhas os seus filhos, porque são “órfãos de pais vivos”, essa missão se torna mais importante e árdua ainda. Neste caso o papel da mãe triplica de importância, porque ela tem que fazer o papel do pai e dela mesma.
Ghandi dizia que “a verdadeira educação consiste em pôr a descoberto o melhor de uma pessoa.” Para isto é preciso a arte de educar, a mais difícil e mais bela de todas.
Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse a seus alunos: “aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!” Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, fez o belo trabalho. Então os alunos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando”. Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça.
Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus.”
Educar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.
Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se recebe só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve dizer: “ele é analfabeto, mas é muito educado”. Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros como gente; não saber cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir.
O livro do Eclesiástico diz aos pais: “Aquele que ama o seu filho, corrige-o com freqüência, para que se alegre com isso mais tarde…” (Eclo 30,1).
A educação visa sobretudo colocar o homem no caminho do bem e da virtude, do qual ele sempre tende a se desviar. É aos pais que cabe sobretudo dar início a esta tarefa na vida dos filhos. A Igreja nos ensina que:
“Pela graça do Sacramento do matrimônio os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os seus filhos. Por isso os iniciarão desde a tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os filhos os “primeiros arautos” (LG,11). Associá-los-ão desde a primeira infância à vida da Igreja. (CIC, 2225)
A tarefa de educar, como dizia D. Bosco, “é obra do coração”, é obra do amor, por isso tem muito a ver com a mãe. Sem o carinho e a atenção da mãe a criança certamente crescerá carente de afeto e desorientada para a vida.
O povo diz que atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher, mas é preciso não esquecer que “esta mulher” mais do que a esposa, é a mãe.
É no colo da mãe que a criança precisa aprender o que é a fé, aprender a rezar e a amar a Deus e as pessoas.
É no colo da mãe que o homem de amanhã deve aprender o que é a retidão, o caráter, a honestidade, a bondade, a pureza de coração.
É no colo da mãe que a criança aprende a respeitar as pessoas, a ser gentil com os mais velhos, a ser humilde e simples e não desprezar ninguém.
É no colo da mãe que o filho aprende a caridade, a vida pura da castidade, o domínio de todas as paixões desordenadas e a rejeitar todos os vícios.cpa_educar_pela_conquista
É a mãe, com seu jeito doce e suave, que vai retirando da sua plantinha que cresce a erva daninha da preguiça, da desobediência, da mal-criação, dos gestos e palavras inconvenientes. É ela que vai lhe ensinando a perdoar, a superar os momentos de raiva sem revidar, a não ter inveja dos outros que têm mais bens e dinheiro. É a mãe que nas primeiras tarefas do lar lhe ensina o caminho redentor do trabalho e a responsabilidade.
Até o filho de Deus quis precisar de uma Mãe para cumprir a sua missão de salvar a humanidade; e Ele fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná exatamente porque ela lhe pediu. Por isso, cada mãe é um sinal de Maria, que ensina seu filho a viver de acordo com a vontade de Deus. Neste mundo, às vezes perverso, que penetra sorrateiro em nossas casas, e insiste numa sistemática pregação de anti-valores por algumas tvs, mais do que nunca é necessário uma mãe atenta para combater tudo aquilo que prejudica a educação dos seus filhos.Mais do que nunca ela precisa saber conquistar os seus filhos, não por aquilo que lhes dá, mas por aquilo que é para eles: amiga de todas as horas, consoladora. Saiba sempre corrigir o seu filho, mas que nunca seja com grosseria, com gritos ou com humilhações. E jamais na frente dos outros.
Se você conquistar o seu filho a ponto dele ter um sagrado orgulho de te-la como sua mãe, então, você poderá fazer dele o que desejar.
Prof. Felipe Aquino

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Mãe, consolo de Deus


Quando o nosso mundo se agita neste mar de violências e de injustiças, não podemos deixar de lembrar de tua pessoa, Mãe, porque ainda és, a maior reserva de amor que Deus colocou neste mundo. Quando tudo parece estar perdido, ainda resta o coração; é de lá que a vida começa a renascer. E tu, ó mãe, tens entre os homens o primado do coração.
Nem os arranha-céus mais altos, nem os computadores mais possantes, nem os aviões mais velozes, podem ser comparados à beleza transcendente do teu olhar e o sentimento incomparável do teu coração. Mãe, foste criada não só para dar a vida aos homens, muito mais do que isto, para semear o amor entre eles. Sois tão diga, que até o próprio Deus quis nascer de ti, em forma humana.educarpelaconquista
O mundo precisa aprender contigo mãe, antes que seja tarde, a lição do perdão sem limites, da compaixão que faz sofrer solidária, da bondade que supera toda inveja, da paciência que vence toda inquietação, do amor que vence todo ódio, e que é mais forte do que a morte.
Somos gratos a Deus que te criou e te deu de presente a cada um de nós. A tua beleza é grande porque em ti é grande a intensidade do espírito que penetra a matéria. Sobretudo mãe, queremos reconhecer e agradecer pela gratuidade das tuas boas obras. Sois como a raiz da árvore, sempre escondida, mas sempre promovendo o crescimento dos ramos e dos frutos.
Disse alguém que “o prazer da abelha é sugar o mel da flor, mas o prazer da flor é entregar o mel à abelha”. Sei que assim és mãe! Olhando para ti aprendemos a dar graças a Deus todos os dias. E, se por acaso, alguém não reconhecer o teu valor, ou não retribuir com gratidão o teu amor que nunca acaba, saiba que o Criador te vê. Lembra-te daquilo que disse alguém: todo dia o sol também dá um belo espetáculo ao nascer o dia, e, no entanto, a maioria da platéia dorme, e não pode reconhecer a sua beleza. Mas nem por isso, o sol deixa de ser belo, formoso e fundamental. Da mesma forma, mãe és o sol do lar.
Que o bom Deus, que nos deu a graça de criá-la, renove tuas forças e tua graça, hoje mais do nunca, para que do teu coração surja uma nova esperança para todos. Mãe, mais do antes, precisamos muito de ti!
Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse a seus alunos: “aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!” Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, fez o belo trabalho. Então os alunos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando”.
Esta é a sua bela missão Mãe, educar; e educar é isto, com paciência e perícia ir tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes do filho, até que o “anjo” apareça. Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus.”
Educar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais. Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. A tarefa de educar, como dizia D. Bosco, “é obra do coração”, é obra do amor, por isso tem muito a ver com a mãe. Sem o carinho e a atenção da mãe a criança certamente crescerá carente de afeto e desorientada para a vida.
O povo diz que atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher, mas é preciso não esquecer que “esta mulher” mais do que a esposa, é a mãe.
É no colo da mãe que a criança precisa aprender o que é a fé, aprender a rezar e a amar a Deus e as pessoas. É no colo da mãe que o homem de amanhã deve aprender o que é a retidão, o caráter, a honestidade, a bondade, a pureza de coração. É no colo da mãe que a criança aprende a respeitar as pessoas, a ser gentil com os mais velhos, a ser humilde e simples e não desprezar ninguém.familiasantuariodavida
É no colo da mãe que o filho aprende a caridade, a vida pura da castidade, o domínio de todas as paixões desordenadas e a rejeitar todos os vícios. É a mãe, com seu jeito doce e suave, que vai retirando da sua plantinha que cresce a erva daninha da preguiça, da desobediência, da mal-criação, dos gestos e palavras inconvenientes. É ela que vai lhe ensinando a perdoar, a superar os momentos de raiva sem revidar, a não ter inveja dos outros que têm mais bens e dinheiro. É a mãe que nas primeiras tarefas do lar lhe ensina o caminho redentor do trabalho e da responsabilidade.
Até o filho de Deus quis ter uma Mãe para cumprir a sua missão de salvar a humanidade; e Ele fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná exatamente porque ela lhe pediu. Por isso, cada mãe é um sinal de Maria, que ensina seu filho a viver de acordo com a vontade de Deus.
Parabéns, mãe querida, que Deus te abençoe.
Prof. Felipe Aquino

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O sacrifício escondido de uma mãe


Uma reflexão sobre a grandeza da maternidade
“‘Padre, estou grávida; o senhor poderia abençoar a minha barriga?’: muitas vezes me pedem esta oração de uma maneira que parece mais uma doce exigência. Fecho os olhos e minha mente é invadida pela lembrança de tantas cenas semelhantes. As duas mãos da mãe tocam a barriga, como se estivesse medindo a largura do bebê, que geralmente já tem nome”, recordou com carinho o bispo Jorge Lozano.mulheressofridas
“Essa vida que cresce e palpita com seu próprio coração durante 9 meses. Uma vida que sente, se alegra, sofre. Esses meses de gestação são mais que uma simples troca de alimentos. Há sentimentos, música, carinho, vozes que vão sendo reconhecidas como familiares”, sublinhou o prelado, em sua coluna semanal.
O bispo destacou que também é um tempo de oração e de comunicação da fé. Quando a mulher grávida reza, seu filho também se aproxima de Deus. Com cada bênção, ela vai se preparando para o momento do parto e do batismo, que fará do bebê um filho de Deus.
Em muitas comunidades, existe a belíssima proposta de bênção das grávidas, uma vez por mês, um rito que leva a comunidade a acompanhar a gravidez com sua oração.
Desses 9 meses de comunicação, surge também um conhecimento profundo. A mãe que deu à luz entende, melhor que ninguém, a linguagem não verbal do choro, do olhar, do sorriso, lembrou o bispo.
E acrescentou que, como essa troca não é somente química, vão sendo criados laços de outro tipo: afetivos e espirituais. Por isso, na adoção, complementa-se com carinho o que não se deu organicamente. Ser mãe do coração é uma vocação.
“O contato pele a pele, alimentar-se no peito, são experiências de proteção, cuidado, ternura. Esse toque de feminilidade nas primeiras etapas da vida é fundamental para o desenvolvimento saudável psicológico e afetivo. A Bíblia usa estas imagens para nos ensinar sobre o amor de Deus”, comentou.sofrendomenor
Dom Jorge sugeriu, além disso, dirigir o olhar a Maria, ajudados pelas palavras do Papa Francisco na exortação “A alegria do Evangelho”: “Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. (…) Como Mãe de todos, é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça. Ela é a missionária que se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno” (n. 286).
“Bendigamos todas as mães e agradeçamos a Deus por tanto sacrifício escondido”, concluiu.
(Artigo publicado originalmente por AICA)

Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho


Nasceu de família cristã, da qual recebeu boa educação. Submetera-se inteiramente ao marido, suportando os seus escárnios e transportes de cólera com uma paciência que servia de exemplo às outras mulheres, e conquistou-o, assim, para Deus, no fim da vida.
Tinha o talento particular de reunir as pessoas divididas. Depois que enviuvou, dedicou-se inteiramente às obras de piedade. Dava grandes esmolas, servia aos pobres, não faltava nenhum dia à oblação do santo altar, nem de vir duas vezes à igreja, na manhã e à tarde, para ouvir a palavra de Deus e fazer preces, em que consistia toda sua vida. Deus comunicava-se com ela por meio de visões e de revelações; ela sabia distingui-las dos sonhos e dos pensamentos naturais. Tal era Santa Mônica, na narração de Santo Agostinho.
Quando viu o filho envolvido nas peias da heresia dos maniqueus, afligiu-se mais do que se morto o visse, e não queria mais tomar as refeições com ele: mas foi consolada por um sonho. Viu-se sobre uma prancha de madeira e ao jovem homem resplandecente que lhe vinha ao encontro e lhe perguntava a causa de sua dor, respondeu que chorava a perda de seu filho. “Olhai, disse ele, ele está convosco!” Com efeito, ela o viu ao pé de si, na mesma prancha. Contou o sonho a Agostinho, que lhe respondeu: “É que sereis o que sou agora”. Mas ela replicou sem hesitar: “Não; porque não me disse?: Será o que ele é, mas ele irá para onde tu estás.” Depois disto ela morou e tomou suas refeições com ele, como anteriormente.
Dirigiu-se a um santo bispo e solicitou-lhe que falasse ao filho. O bispo respondeu: “Ainda é demasiadamente indócil e demasiadamente imbuído desta heresia, que lhe é nova. Deixai-o, e contentai-vos em pedir por ele; ele verá, com leituras, qual é o erro. Eu, que vos falo, em minha infância, fui entregue aos maniqueus por minha mãe, que eles haviam seduzido; não somente li, mas transcrevi quase todos os seus livros, e, por mim mesmo, desenganei-me.”
A mãe não se satisfez com estas palavras, e continuou a instar para que falasse ao seu filho. O bispo respondeu-lhe então com certo humor: “Ide, é impossível que o filho de tantas lágrimas pereça!” Isso ela recebeu como um oráculo do céu. Seu filho, todavia, permaneceu nove anos maniqueu, desde a idade de dezenove anos até os vinte e oito.
No ano 384, Agostinho veio a Milão ensinar retórica, e conheceu Santo Ambrósio, que o desiludiu paulatinamente do maniqueísmo. Resolveu definitivamente abandonar os maniqueus e permanecer na Igreja, na qualidade de catecúmeno, como dizia ele, na Igreja que os pais lhe haviam recomendado, isto é, na católica, até que a verdade se lhe revelasse mais claramente.
Santa Mônica veio da África encontrá-lo em Milão, com tão viva fé, que atravessando o mar, consolava os marinheiros, mesmo nos maiores perigos, pela certeza que Deus lhe havia que chegaria até seu filho. Quando ele lhe disse que não era mais maniqueu, mas que ainda não era católico, ela não se surpreendeu; respondeu-lhe tranquilamente que estava certa de vê-lo fiel católico antes de deixar esta vida. Entrementes, continuava com as preces e atenta às prédicas de Santo Ambrósio, a quem amava como anjo de Deus, sabendo que havia levado seu filho a esse estado de dúvida, que deveria ser a crise de seu mal. Como tivesse o costume, na África, de levar às igrejas dos mártires pão, vinho e carnes, queria fazer o mesmo em Milão; mas o porteiro da igreja lhe impediu e lhe disse que o bispo o havia proibido. Ela obedeceu imediatamente, sem que nenhum apego ao costume. Santo Ambrósio, de resto, havia abolido esses repastos nas igrejas, porque, em lugar dos antigos ágapes sóbrios e modestos, não ofereciam senão oportunidade para devassidão. Amava, por seu lado, Santa Mônica pela piedade e boas obras, e sempre felicitava Agostinho de ter mãe como aquela; porque toda sua vida fora virtuosa.
Santo Agostinho, após o batismo, tendo examinado em que lugar poderia servir a Deus mais utilmente, resolveu voltar para a África com a mãe, o filho, o irmão e um jovem chamado Evódio. Ele era também de Tagasta; sendo agente do imperador, converteu-se, recebeu o batismo antes de Santo Agostinho, e deixou o cargo para servir a Deus.
Quando chegaram a Óstia, descansaram do longo caminho que haviam feito desde Milão e se prepararam para o embarque.
Um dia, Santo Agostinho e sua mãe, debruçados ambos sobre uma janela que dava para o jardim da casa, entretinham-se com uma doçura extrema, esquecendo todo o passado e conduzindo o pensamento para o futuro. Buscavam saber qual seria a vida eterna dos santos. Elevaram-se acima de todos os prazeres dos sentidos; percorreram gradativamente todos os corpos, o próprio céu e os astros. Chegaram até as almas, e, passando por todas as criaturas, mesmo espirituais, alcançaram a sabedoria eterna, pela qual elas são, e que é sempre, sem diferença de tempo. Ali permaneceram um momento no auge da satisfação espiritual, e suspiraram contrafeitos ao serem obrigados a voltar ao ruído da voz, onde a palavra começa e acaba. Então a mãe lhe disse; “Meu filho, pelo que me diz respeito, já nenhum prazer me prende a esta vida. Não sei o que faço aqui, nem porque existo. O que me fazia ansiar aqui permanecer era ver-vos cristão católico antes de morrer. Deus concedeu-me mais; vejo-vos consagrado a seu serviço, após haverdes desprezado a felicidade terrena.”
Aproximadamente cinco anos após, caiu doente com febre. Um dia perdeu os sentidos; ao voltar a si, encarou Agostinho e seu irmão Navígio, e lhes disse: “Onde estava eu?” Depois, vendo-os compungidos de dor, ajuntou: “Deixareis vossa mãe aqui.” Navígio manifestou o desejo de que ela morresse de preferência no seu país. Mas ela encarou-o com olhar santo Agostinho e severo, como a repreendê-lo e disse a Agostinho: “Vê o que ele diz!” Enfim, dirigindo-se a ambos: Colocai este corpo onde vos aprouver; não vos inquieteis. Peço-vos somente que vos lembreis de mim no altar do Senhor, onde quer que estejais.”
Morreu no nono dia da enfermidade, na idade de cinquenta e seis anos, e no trigésimo-terceiro de Santo Agostinho; isto é, no mesmo ano de seu batismo, 387.
mulheressofridasAssim que expirou, Agostinho fechou-lhe os olhos. O jovem Adeodato lançava gritos lancinantes; mas os circunstantes o fizeram calar, não vendo motivo algum para lágrimas nesta morte, e Agostinho conteve as suas, fazendo violência a si próprio.
Evódio tomou do Saltério e principiou a cantar o salmo centésimo: “Cantarei em tua honra, Senhor, a misericórdia e a justiça.” Toda a casa respondia, e em poucos instantes se congregou grande número de pessoas piedosas de ambos os sexos. Levaram o corpo; ofereceu-se pela defunta o sacrifício de nossa redenção; fizeram-se as preces ao pé do sepulcro, segundo o costume, em presença do corpo, antes de enterrá-lo. Santo Agostinho manteve os olhos enxutos durante toda a cerimônia; mas enfim, à noite, deixou correr livremente as lágrimas para aliviar a dor. Orou por sua mãe, como fazia ainda tempos após, descrevendo todas as circunstâncias que cercaram essa morte no primeiro livro de suas Confissões; pediu aos leitores que se lembrassem no santo altar, de Mônica, sua mãe, e de seu pai, Patrício.
(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VIII, p. 82 à 87)

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A Beleza e as dores da Mulher


Hoje acordei pensando nas mulheres; sua beleza e suas dores. Sempre me impressionou o fato da mulher ser a última criação de Deus. Sempre vi nisso algo de especial.
Ora, se Deus criou o mundo em “seis dias”, e foi fazendo tudo surgir numa ordem crescente de perfeição: minerais, vegetais, animais, homem e mulher; então, a mulher é a mais linda criação de nosso Pai.
Isto me faz entender um pouco melhor a sua beleza, e também as suas dores. De um lado é a mais linda das criaturas, não só na beleza do corpo, dos olhos, dos cabelos, das mãos, que fascinam os homens; mas especialmente pela beleza do seu espírito: delicada, sensível, doce, detalhista, suave e frágil como uma flor de pessegueiro, mas, às vezes, paradoxalmente, rígida e forte como uma lâmina de aço.
Ela é a mais linda flor que o divino Jardineiro plantou nesta Terra; foi criada para ser mãe, como a terra que produz o fruto. Nela o homem lança a semente e espera nove meses o fruto nascer. Ele quase nada faz, apenas protege esta “terra” sagrada e cuida dela como faz o jardineiro, para que as ervas daninhas e os animais não a destruam. Mas a mulher, tal qual a terra, dia-a-dia, vai fazendo a semente germinar no seu seio, até que surja a planta e o fruto.
No entanto, a mulher tem as suas dores, podemos dizer até mais intensas que as do homem porque, como Deus, ela foi feita para dar e gerar a vida; e a vida tem um preço que se chama amor: renuncia e dor.
Seu corpo foi feito para gerar a vida; então, ela é dotada de ovários, trompas, útero, esses instrumentos sagrados que acolhem a semente da vida e a faz germinar até a plenitude. É uma beleza, uma maravilha do Criador, mas tem as suas dores. Ela tem que ser dotada de seios para amamentar, e tudo o mais que a vida que surge precisa. E isso traz também dores.
Fico pensando nas sete Dores da Virgem Maria, vendo o Seu Filho Divino morrer esmagado como a uva no lagar, e como o trigo na moenda, para ser o nosso Salvador, Alimento e Remédio de nossa alma.
Fico pensando em todas as mulheres, que carregam nos seus corpos e nas suas almas a força e a beleza da vida, com “suas dores, como hóstias oferecidas ao Criador”.
Quantas mulheres- assim como a minha- se extinguiram com um câncer de mamas, de útero, ou ainda, padecem por tantas outras enfermidades. É o preço da vida!
Todas elas, em grande parte da vida, têm de bem-viver, com paciência, os incômodos da menstruação, e de outras particularidades que também por ela são desencadeadas…é o preço da vida!
Mas há um sofrimento ainda pior: é aquele que vai direto em sua alma. Certa vez, uma senhora me disse que o filho sai que sai de seu ventre um dia, mas passa para sua cabeça, e dali não sai nunca mais. É verdade! Fico pensando em Santa Mônica que viveu para conquistar o marido pagão, Patrício, para Deus e o filho Agostinho, rebelde. Mas na sua dor e suas lágrimas ela venceu. “Não é possível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas” – ela ouviu de Santo Ambrósio de Milão. E nas dores de Mônica foi gestado o gigante Santo Agostinho. É da cruz que se vê a Luz. Por isso, não desanime!mulheressofridas
Como seria bom se todas as mulheres tivessem a consciência de seu grande valor, da importância que têm diante ao plano de Deus e do amor especial que Deus têm por cada uma delas!
Que neste dia, você mulher, possa oferecer a Deus todas as suas lutas e suas dores. Que seus sofrimentos sejam transformados em rosas, que carinhosamente, estão sendo plantados no grande jardim do Senhor.
Prof. Felipe Aquino

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10 exemplos de Mães que chegaram à santidade


Por ocasião da celebração do Dia da Mãe, apresentamos uma lista de dez mães que chegaram à santidade. Mulheres que são exemplo para as mães católicas de hoje, que mostram que na vida cotidiana do matrimônio e da família é possível alcançar a glória do céu.
Antes de todas as santas, porém, destacamos a Mãe de Deus, a Virgem Maria, aquela que com o seu “sim” concebeu e deu à luz o Salvador. Ela que acompanhou o Senhor em todos os momentos, guardava e meditava tudo em seu coração.
Maria, a mais humilde entre as mulheres, se tornou modelo para toda mulher e mãe, exemplo de amor, fidelidade, confiança em Deus. Além disso, foi à Maria que, na cruz, Jesus entregou toda a humanidade através de São João. Por isso, também nós a chamamos nossa Mãe.cpa_educar_pela_conquista
A seguir, a lista das 10 santas mães:
Esta Santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.
Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.
Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.
Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
A mãe de Santo Agostinho nasceu no Tagaste (África) no ano 332. Seus pais a casaram com um homem chamado Patrício. Embora fosse trabalhador, seu marido era violento, mulherengo, jogador e desprezava a religião.
Durante 30 anos, Mônica sofreu os ataques de ira de seu marido. Santa Mônica orava e oferecia sacrifícios constantemente pela conversão de seu esposo. No ano 371, Deus lhe concedeu este desejo e Patrício se batizou. Ficou viúva um ano depois, quando Agostinho tinha 17 anos.
Durante 15 anos rezou e ofereceu sacrifícios pela conversão de seu filho, que levava uma vida libertina. No ano 386, Santo Agostinho lhe anunciou sua conversão ao catolicismo e seu desejo de permanecer celibatário até a morte.
Morreu santamente no ano 387, aos 55 anos. Muitas mães e esposas se pedem a intercessão de Santa Mônica pela conversão de seus filhos e maridos.
Embora desde menina quisesse ser religiosa, seus pais a casaram com o Paolo Ferdinando.
Seu marido pertencia a uma família de mercenários e, apesar de beber muito, ser mulherengo e violento, Rita foi fiel durante todo seu matrimônio. O casal teve filhos gêmeos do mesmo temperamento do pai. A Santa encontrou fortaleza em Jesus, a quem oferecia sua dor.
Depois de 20 anos de oração, Paolo se converteu e começou um caminho de santidade junto a Rita. Entretanto, foi assassinado por seus inimigos. Seus filhos juraram vingar a morte de seu pai e Rita pediu ao Senhor que lhes concedesse a morte antes de vê-los cometer um pecado mortal. Antes de morrer, os gêmeos perdoaram os assassinos de seu pai.imitacaomenor1
No ano 1417, ingressou como religiosa no convento das religiosas Agostinianas. Ali meditou e aprofundou a Paixão de Cristo. Em 1443, recebeu os estigmas. Depois de uma grave enfermidade, faleceu em 1457. Seu corpo está incorrupto até hoje. É conhecida como a “Santa das Causas Impossíveis”.
4. Santa Maria da Cabeça (?- 1175)
Maria Toribia nasceu na Espanha, próximo de Madri. Foi a esposa de São Isidro Lavrador. Realizava seus trabalhos com humildade, paciência, devoção e austeridade. Além disso, sempre foi atenta e serviçal com seu marido. O casal só teve um filho.
Como tanto Isidro como Maria queriam ter uma vida totalmente entregue a Deus, decidiram se separar. Seu marido ficou em Madri e Maria partiu para uma ermida. Ali, entregou-se a profundas meditações e fazia obras de caridade.
Quando Maria da Cabeça morreu, foi enterrada na ermida que com tanto amor visitava. Seus restos foram transladados para Madri e são atribuídos a ela milagres de cura dos males da cabeça.
Joaquim e Ana eram um rico e piedoso casal que residia no Nazaré. Como não tinham filhos, ele sofria humilhações no Templo. Um dia, o santo não voltou para sua casa, mas foi às montanhas para entregar a Deus sua dor. Quando Ana se inteirou do motivo da ausência de seu marido, pediu ao Senhor que lhe tirasse a esterilidade e lhe prometeu oferecer seus filhos para seu serviço.
Deus escutou suas orações e enviou-lhe um anjo que lhe disse: “Ana, o Senhor olhou suas lágrimas; conceberá e dará à luz e o fruto de seu ventre será bendito por todo mundo”. Este anjo fez a mesma promessa a Joaquim. Ana deu à luz uma filha a quem chamou Miriam (Maria) e que foi a Mãe de Jesus Cristo.
Ângela viveu apegada às riquezas desde sua juventude até sua vida de casada. Além disso, teve uma vida libertina.
Em 1285, sofreu uma crise existencial. Como vivia perto de Assis, sentiu-se tocada e desafiada pelo exemplo de São Francisco. Um dia, estava tão atormentada pelo remorso que pediu ao Santo que a livrasse. Então foi à Igreja de São Feliciano, onde fez uma confissão de vida.
Ali fez uma promessa de castidade perpétua e começou a levar uma vida de penitência, dando de presente seus melhores vestidos e fazendo estritos jejuns. Depois de sua conversão, perdeu sucessivamente sua mãe, seu marido e seus oito filhos. Morreu em 1309.sedesantos
Aos 12 anos tornou-se esposa do Diniz, rei de Portugal. Desde que chegou ao país, ganhou a simpatia do povo por seu caráter piedoso e devoto. Embora seu marido fosse mulherengo e tivesse filhos com várias mulheres, Isabel os acolheu na corte e lhes deu uma atenção cristã. Mas, quando o príncipe Afonso advertiu que seu direito ao trono estava em perigo, decidiu rebelar-se e o rei respondeu violentamente.
Esta briga entre Diniz e Afonso causou muita dor a Isabel que interveio muitas vezes nas batalhas entre eles. Um dia, a rainha se interpôs entre ambos exércitos para evitar o derramamento de sangue.
Logo depois da morte do rei em 1324, Isabel se retirou para Coimbra e recebeu o hábito como franciscana clarissa. Em 1336, eclodiu um novo conflito entre o Afonso IV e o rei de Castilla, Afonso XI, que era neto da Isabel.
A rainha foi até o acampamento dos exércitos, onde foi recebida e caiu doente. Antes de morrer, seu filho lhe prometeu que não invadiria Castilla.
Graças a ela, o fundador da nação francesa se converteu ao catolicismo e a França foi um país católico. A rainha convencei seu marido a converter-se ao cristianismo se ele ganhasse a batalha de Tolbiac, contra os alemães.
O rei Clodoveu obteve a vitória e foi batizado no Natal de 496 pelo Bispo São Remígio. Naquela mesma noite, receberam o sacramento a irmã do rei e três mil de seus homens. Desde esse momento, Clotilde foi chamada na França: “Filha primogênita da Igreja”.
Clotilde era amada por todos por causa de sua grande generosidade com os pobres, sua pureza e devoção. Seus súditos estavam acostumados a dizer que parecia mais uma religiosa do que uma rainha.
Depois da morte de Clodoveu, houve guerra porque seus dois filhos queriam o trono. Durante 36 anos, Clotilde rezou pela reconciliação de ambos. Um dia, quando os dois exércitos estavam preparados para o combate, surgiu uma forte tormenta que impediu a batalha. Graças à oração da rainha, os irmãos fizeram as pazes.
Em meio à pobreza, conheceu o general romano Constâncio Cloro. Apaixonaram-se e se casaram. O filho do casal foi o imperador Constantino. Foi repudiada por seu marido, por ambição ao poder. Santa Helena passou 14 anos de sofrimento e se converteu ao cristianismo.
Em 306, Constantino foi proclamado imperador romano, embora continuasse sendo pagão. Entretanto, converteu-se quando viu uma Cruz, antes da batalha da Saxa Rubra, com uma legenda que dizia: “Com este sinal vencerás”.
Depois da vitória, Constantino decretou a livre profissão da religião católica e expandiu o cristianismo por todo o império. O imperador autorizou sua mãe para que utilizasse o dinheiro do governo para realizar boas obras. A Igreja atribui à Santa Helena o descobrimento da Cruz de Cristo. Morreu santamente no ano 329.
Embora durante sua juventude também quisesse ser religiosa, a abadessa lhe negou a entrada ao convento. Por isso, decidiu abrir uma fábrica de rendas caseiras. A boa qualidade de seu trabalho fez sua oficina famosa. Sempre teve uma boa relação para com seus trabalhadores.matrimonios_santos_menor
Em 1858, Zélia passou pelo jovem relojoeiro Luís Martin na rua. Em pouco tempo ambos se apaixonaram e se casaram três meses depois.
Zélia sempre quis ter muitos filhos e que todos fossem educados para o céu. Isso foi exatamente o que fez porque suas cinco filhas Paulina, Leonia, Maria, Celina e Teresa foram religiosas. A última foi Santa e Doutora da Igreja.
O amor que Zélia sentia por Luís era profundo e elevado. Para ela, sua maior alegria era estar junto a seu marido e compartilhar com ele uma vida santa.
Em 1865, o câncer no seio provocaria muito sofrimento a Zélia. Entretanto, soube assumir sua enfermidade e estava disposta a aceitar a vontade de Deus. Morreu em 1877. Foi beatificada junto com seu marido pelo Papa Bento XVI no ano 2008. Em 2015, o casal foi canonizado pelo Papa Francisco.

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Maria é a Mãe da Igreja


Maria é a Mãe da Igreja por ser a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo Místico, Maria é também Mãe da Igreja. Durante o Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI declarou solenemente que:
‘Maria é Mãe da Igreja, isto é, Mãe de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos pastores’ (21 de novembro de 1964). Em 30 de junho de 1968, no Credo do Povo de Deus, ele repetiu essa verdade de forma ainda mais forte: “Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu a sua missão maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos.”
A presença da Virgem Maria é tão forte e indissociável do mistério de Cristo e da Igreja, que Paulo VI no discurso de 21 de novembro de 1964 afirmou que:  “O conhecimento da verdadeira doutrina católica sobre a Bem- aventurada Virgem Maria continuará sempre uma chave para a compreensão exata do mistério de Cristo e da Igreja”. Conhecer Maria “segundo a doutrina católica”  é conhecer Jesus e a Igreja, pois Maria foi peça chave, indispensável, no plano de Deus para a Redenção da humanidade. “Na plenitude dos tempos, Deus mandou o seu Filho, nascido de uma mulher, para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4).amulherdoapocalipse
Ou como diz o Símbolo Niceno-constantinopolitano, falando de Jesus: O qual, por amor de nós homens e para nossa salvação desceu dos céus e se encarnou pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Desde os primeiros séculos do Cristianismo Maria é reconhecida e chamada pelos cristãos de Mãe de Deus Theotókos. Desde o final do século dois, os cristãos do Egito e do norte da Africa, onde havia mais de 400 comunidades cristãs, já a invocavam como Mãe de Deus, na oração que talvez seja a mais antiga que a Igreja conheça: “Debaixo de Vossa proteção nos refugiamos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Virgem gloriosa e bendita”. Para cumprir a missão extraordinária de Mãe de Deus, Maria foi enriquecida por Deus com todas as graças, e de modo especialíssimo com a graça de nunca conhecer o pecado: nem o original e nem o pessoal. Foi concebida no seio de sua Mãe, santa Ana, sem a culpa original.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria, reconhecido pela Igreja desde os primeiros séculos, foi proclamado solenemente pelo Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, através da Bula Ineffabilis Deus: Nós declaramos, decretamos, e definimos que … em virtude dos méritos de Jesus Cristo… a bem aventurada Virgem Maria foi preservada de toda mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição… Nas aparições a Santa Catarina Labouré, em Paris, em 1830, Maria ensinou lhe a conhecida oração que foi cunhada na Medalha Milagrosa: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
Em 1858, quatro anos após a solene declaração do Papa Pio IX, Ela mesma revelou seu nome a Santa Bernardete, em Lourdes: Eu sou a Imaculada Conceição. Por isso, o último santo Concílio a chamou de Mãe de Deus Filho, e, portanto, filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo (LG, 53). E ainda registra o Santo Concílio Vaticano II que: “Com este dom de graça sem igual, ultrapassa de longe todas as outras criatura celestes e terrestres” (Idem). E repete as palavras de Santo Agostinho: Verdadeiramente mãe dos membros de Cristo… porque com o seu amor colaborou para que na Igreja nascessem os fiéis, que são membros daquela Cabeça. E mais: Por esta razão é também saudada como membro supereminente e absolutamente singular da Igreja, e também como seu protótipo e modelo acabado da mesma, na fé, e na caridade; e a Igreja católica, guiada pelo Espírito Santo, honra-a como Mãe amantíssima, dedicando-lhe afeto de piedade filial (LG, 53). E o Sagrado Concílio reconhece que Maria: … na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós (LG, 54).
Maria é aquela Mulher que atravessa toda a história da salvação do Gênesis ao Apocalipse. Ela é a Mulher que vence a Serpente, que havia vencido a mulher: “Porei odio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15). Quando Jesus chama a sua Mãe de Mulher, é para nos indicar quem é a grande Mulher predileta de Deus: Jo 2,4  Mulher, isto compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Jo 19,26  Mulher, eis aí teu filho. Maria é a Virgem que o profeta anunciou que haveria de conceber e dar à luz um Filho, cujo nome é Emanuel (cf. Is 7,14; Mq 5,23 ; Mt 1,22-23). Pela primeira virgem entrou o pecado na história dos homens, e com ele a morte (Rm 6,2); pela nova Virgem entrou a salvação e a vida eterna. Foi ela quem deu a carne ao Filho de Deus, para que mediante os mistérios da carne libertasse o homem do pecado (LG,55). Sem isto Cristo não poderia ser o grande e eterno Sacerdote da Nova Aliança.
Eis aí o papel indispensável de Maria. Como diziam os Santos Padres: Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e com inteira obediência (LG, 56). Quis, porém, o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida da aceitação por parte da Mãe predestinada, a fim de que, assim como uma mulher tinha contribuído para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida (Idem).a_minha_igreja_nova_capa
Os Santos Padres disseram:
O laço da desobediência de Eva foi desfeito pela obediência de Maria; o que a virgem Eva atou com sua incredulidade, a Virgem Maria desatou pela fé (Santo Irineu).
E ainda disse São Jerônimo:
A morte veio por Eva, a vida por Maria.
A união de Maria com Jesus, na obra da Redenção, acontece desde a Encarnação até o Calvário. Assim foi na visita a Isabel (Lc 1, 41-45), no nascimento na gruta de Belém, na apresentação no Templo diante de Simeão (Lc 2, 34-35), no encontro entre os doutores (Lc 2, 41-51). Na vida pública de Jesus, Maria logo se manifesta nas bodas de Caná, antecipando a hora dos milagres (Jo 2,11), revelandose a mãe de misericórdia e intercessora nossa. Durante a pregação de Jesus, recolhia as suas palavras e guardava tudo no coração (Lc 2,19 e 51). E assim ela foi avançando no caminho da fé e manteve fielmente a sua união com o Filho até a cruz, onde estava, por vontade de Deus, de pé (Jo 19,25), oferecendoo ao Pai por cada filho. Com Jesus ela sofreu profundamente. Como disse alguém, Jesus sofreu a Paixão, Ela a compaixão. A espada predita por Simeão atravessoulhe inteiramente a alma.
Assim se expressou o Santo Concílio:
Sofreu profundamente com o Unigênito e associou-se de coração materno ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da vítima que ela havia gerado; finalmente, ouviu estas palavras do próprio Jesus Cristo, ao morrer na cruz, dando-a ao discípulo por Mãe: Mulher, eis aí o teu filho (Jo 19,26-27), (LG, 62). Após a Ascensão do Senhor ao céu vemos Maria com os seus discípulos, aguardando a vinda do Prometido do Pai, implorando com suas orações a chegada do Espírito Santo :Todos eles perseveravam unanimemente na oração; juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele (At 1,14). E, finalmente, terminando a sua vida terrena, ela que fora preservada de toda mancha do pecado, Foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos Senhores (cf. Ap 19,16) e vencedor do pecado e da morte (LG, 59).
Maria não substitui a Mediação única de Cristo diante do Pai.
São Paulo deixou claro:salverainha
Porque há um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, verdadeiro homem que se ofereceu em resgate de todos (1Tm 2,56). A função maternal de Maria acontece por livre escolha de Deus e não por necessidade intrínseca e se realiza pelos méritos de Cristo e de sua mediação única, e dela depende absolutamente em toda a sua eficácia; isto é, sem o sacrifício redentor de Cristo, a função de Maria como medianeira, não seria possível. Portanto, Maria, longe de impedir o contato dos seus filhos com o Filho, o facilita ainda mais. Logo, Maria jamais substitui a única e indispensável mediação de Jesus diante do Pai, mas coopera com ela para o bem de seus filhos.
No céu, garante a Igreja, Maria continua a sua missão de Intercessora para obtermos os dons da salvação eterna. Com seu amor de Mãe, cuida dos irmãos de seu Filho, que ainda peregrinam e se debatem entre perigos e angústias, até que sejam conduzidos à Pátria feliz (LG, 62). Sem nada diminuir ou acrescentar à exclusividade de Cristo, Mediador único, Maria é invocada pelos seus filhos com os títulos de Advogada, Medianeira, Auxiliadora dos Cristãos, Refúgio, Consoladora, Porta do Céu, e muitos outros. Por todas essas razões, a Igreja presta e sempre prestou, um culto especial a Maria, Mãe de Deus.
Não um culto de adoração (latria), que só é devido a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), mas um culto de hiperveneração (hiperdulia). O Sagrado Concílio ensina deliberadamente essa doutrina católica e exorta ao mesmo tempo todos os filhos da Igreja a que promovam dignamente o culto da Virgem Santíssima, de modo especial o culto litúrgico; e que tenham em grande estima as práticas e os exercícios de piedade que em sua honra o Magistério da Igreja recomendou no decorrer dos séculos (LG, 67).
E o santo Concílio adverte:
Recordem-se os fiéis de que a devoção autêntica não consiste em sentimentalismo estéril e passageiro ou em vã credulidade, mas procede da fé verdadeira que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e nos incita a um amor filial para com a nossa Mãe, e à imitação das suas virtudes (LG, 67).
A Virgem Maria sempre deu provas claras do seu amor maternal à Igreja, especialmente nos momentos em que esta foi ameaçada.
Quando, por exemplo, em 1571, a civilização cristã estava em risco na Europa, devido ao ameaçador avanço dos mulçumanos, o Papa São Pio V implorou a proteção de Maria em favor do povo cristão, pedindo que a Virgem afastasse, de uma vez por todas, os perigos do Islamismo.
No dia 07 de outubro 1571, na grande e decisiva batalha de Lepanto, na Grécia, as tropas dos príncipes cristãos venceram definitivamente os turcos otomanos.Para agradecer à Mãe da Igreja essa vitória insígne, o Papa mandou incluir na Ladainha Lauretana a invocação, Auxiliadora dos Cristãos, Rogai por nós, e definiu o dia 7 de outubro como o dia de Nossa Senhora do Rosário, em agradecimento e homenagem à proteção dada à Igreja.
Outro fato marcante da providência da Mãe e Auxiliadora, se viu quando o imperador Napoleão Bonaparte mandou prender o Papa Pio VII, que não quis aprovar a anulação do seu casamento com Josefina. Na noite de 5 a 6 de julho de 1809 Napoleão mandou prender o Papa em Savona (Itália do Norte), que foi submetido a vexames por parte do imperador. Em 1812 o Papa foi transferido para a cadeia de Fontainebleau perto de Paris. Em todo o seu sofrimento o Papa se recomendou aos cuidados de Nossa Senhora, Auxiliadora dos Cristãos. Em 10/03/1814, já vencido pelos inimigos, Napoleão deu liberdade ao Papa, que neste dia partiu para Roma, onde chegou em 24 de maio, passando por Savona. Nesta cidade coroou Nossa Senhora com uma coroa de ouro, em agradecimento de sua libertação. No dia 24 de maio, ao chegar em Roma, instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, dia do seu regresso a Roma.Osegredodemaria
Poucos dias depois, em 11 de abril de 1814, no mesmo Castelo de Fontainebleau, onde mandara prender o Papa, Napoleão era obrigado a abdicar do trono da França. Em 18 de junho de 1815 era vencido na batalha de Waterloo e deportado para a ilha de Santa Helena.
Gostaríamos de recomendar aqui a leitura do livro A Mulher do Apocalipse (Loyola, 1995) onde procuramos sintetizar a doutrina católica sobre Maria; e o grande livro de São Luís Maria de Montfort, O Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Santíssima, afim de conhecer melhor e amar mais a Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Prof. Felipe de Aquino
Retirado do Livro: A Minha Igreja.

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De que modo Maria também é a nossa mãe?


Maria é a nossa mãe porque Cristo, o Senhor, no-la deu por mãe. [963-966, 973]amulherdoapocalipse
<<Mulher, eis o teu filho!… Eis, a tua mãe!>> (Jo 19,27) Estas frases, que Jesus pronunciou a João da cruz, foram sempre entendidas como uma entrega de toda a Igreja a Maria. Portanto, Maria também é nossa mãe. Podemos invocá-la e pedir-lhe intercessão junto de Deus.
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A Importância da maternidade


O Papa Paulo VI disse a um grupo de casais que: “A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida”. Isto é, doando a vida, o casal humano se torna “semelhante” a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra? Ensina a Igreja que “o homem é a única criatura que Deus quis por si mesma” (GS,24). Tudo o mais foi criado para nós.
O Catecismo da Igreja ensina que: “A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização.” (§ 2366).
“Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus. Os cônjuges sabem que, no ofício de transmitir a vida e de educar – o qual deve ser considerado como missão própria deles – são cooperadores do amor de Deus criador“ (§ 2367).educarpelaconquista
“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (CIC, 2373; GS, 50,2). “Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§ 2378).
Será que acreditamos de fato nessas palavras da Igreja? Lamentavelmente estabeleceu-se entre nós, também católicos, uma cultura “anti-natalista”. O Salmo 126 diz com todas as letras: “Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. “Feliz o homem que assim encheu sua aljava…” (Sl 126, 3-5).
Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação e, consequentemente, é aí que ela encontra a sua maior realização.  São Paulo afirma a Timóteo que: “A mulher será salva pela maternidade” (1 Tm 2,15). Isto não quer dizer que a mulher que não é mãe não se salva; mas o Apóstolo quer mostrar a força santificadora da maternidade. E há também as mães do “coração”.
Deus quis que cada filho fosse gerado no ventre de sua mãe; até mesmo o Verbo encarnado. A missão da mãe está ligada diretamente à vida. Ela gera e educa o filho para a sociedade e para Deus. Por isso, a maior contradição é uma mãe abortar seu filho.
A mãe é a primeira educadora do homem; ela o molda para viver as virtudes, o amor ao próximo, a civilidade, e desenvolver todos os seus talentos para o bem próprio e dos outros.cpa_familia_santuario_da_vida
“Educar é uma obra do coração”, dizia Dom Bosco, por isso a mãe tem o primado do amor. Com paciência e perícia ela vai tirando os maus hábitos do filho e fomentando as virtudes dele. Michel Quoist afirmava “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus”. É na educação dos filhos que se revelam as virtudes da mãe. Sem o carinho e a atenção da mãe a criança certamente crescerá carente de afeto e desorientada para a vida. Sem experimentar o amor materno o homem futuro será triste. É no colo da mãe que a criança aprende o que é a fé, aprende a rezar e a amar a Deus e as pessoas. É no colo da mãe que o homem de amanhã deve aprender o que é a retidão, o caráter, a honestidade, a bondade, a pureza de coração. É no colo materno que a criança aprende a respeitar as pessoas, a ser gentil com os mais velhos, a ser humilde e simples e a não desprezar ninguém.
A maternidade é o amor de Deus encarnado na mulher.
Prof. Felipe Aquino

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Maria, Verdadeira Mãe de Deus


Vejamos como a Santíssima Virgem é realmente Mãe de Deus. Para que uma mulher possa se dizer verdadeiramente mãe, é necessário que outorgue a sua prole, por via de geração, uma natureza semelhante (ou seja, consubstancial) a sua.
Aceita esta óbvia noção de maternidade, não é tão difícil compreender de que modo a Virgem Santíssima possa ser chamada verdadeira Mãe de Cristo, havendo Ela provido a Cristo, por via de geração, uma natureza semelhante a sua, ou seja, a natureza humana.
A dificuldade surge, sem embargo, quando se busca compreender de que modo a Virgem Santíssima pode ser chamada Mãe de Deus, pois não se vê bem, a primeira vista de que modo Deus possa ser aqui gerado. Não obstante isso, se observarmos atentamente a duas fórmulas: Mãe de Cristo e Mãe de Deus. Elas se equivalem, pois significam a mesma realidade e são, por isso, perfeitamente sinônimas.
Mãe de Cristo e Mãe de Deus
Nossa Senhora, com efeito, não é denominada Mãe de Deus no sentido de que houvesse gerado a Divindade (ou seja, a natureza divina do Verbo), e sim no sentido de que gerou segundo a humanidade a divina pessoa do Verbo.
O sujeito da geração e da filiação não é a natureza, mas a pessoa. Agora, a divina pessoa do Verbo foi unida à natureza humana, provida pela Virgem Santíssima, desde o primeiro instante da concepção; de modo que a natureza humana de Cristo não esteve jamais caracterizada, nem inclusa por um instante, pela pessoa personalidade humana, senão sempre subsistiu, desde o primeiro momento de sua existência, na pessoa divina do Verbo. Este e não outro é o verdadeiro conceito da maternidade Divina, tal como foi definida pelo Concílio de Éfeso, em 1431.
Em resumo, Maria concebeu realmente e deu a luz segundo a carne à pessoa divina de Cristo (Única pessoa que há Nele) e, por conseguinte, é e deve ser chamada, com toda propriedade, Mãe de Deus.
Não importa que Maria não tenha concebido a Natureza divina como tal (tão pouco as outras mãe concebem a alma de seus filhos), já que essa natureza divina subsiste no Verbo eternamente e é, por conseguinte, anterior à existência de Maria.
Ela, sem embargo, concebeu uma pessoa – como todas as mães – e como essa pessoa, Jesus, não era humana, senão divina, segue-se logicamente que Maria concebeu segundo a carne a pessoa divina de Cristo, e é, portanto, real e verdadeiramente Mãe de Deus.
Dado o que acima demonstramos podemos concluir que o dogma da Divina Maternidade compreende que Maria é verdadeira mãe, ou seja, Ela contribuiu na formação da natureza humana de Cristo com todo o que aportam as outras mães na formação do fruto de suas entranhas e que Maria é verdadeira Mãe de Deus, pois, concebeu e deu a luz à segunda pessoa da Santíssima Trindade, ainda que não em relação a sua natureza divina.
A primeira alusão à Mãe de Deus nas Escrituras
“Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre tua descendência e a descendência dela. Ela te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar dela” (Gen III, 15). A tradição cristã encontrou neste trecho das Escrituras denominado de Proto-Evangelho, o primeiro traço que serve para designar o Messias e sua vitória sobre o espírito do mal. Com efeito, Jesus representa eminentemente a descendência da mulher, na luta contra a linhagem da serpente. Se Jesus é assim chamado, não é em virtude do laço remoto que o une a Eva, pois esta não pode transmitir a seus descendentes senão a natureza decaída, ferida, privada da vida divina, mas em razão do laço que o une a Maria, no seio da qual Ele tomou uma humanidade imaculada.
A Escritura nos diz expressamente que Maria é a Mãe de Jesus: “Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo” (Mt, 1, 16). “Estavam junto à cruz de Jesus, sua Mãe …” (Jo. 19,25). “Com Maria, a Mãe de Jesus…” (At. 1, 14). Jesus não é apresentado como concebido pela Virgem (Lc. I, 31) e nascido da Virgem (Lc. II, 7-12).
Mas Jesus é verdadeiro Deus, como resulta de seu próprio e explícito testemunho, confirmado por milagres, pela fé apostólica da Igreja, pelo testemunho de São João etc. Para poder negar sua divindade, não há outro caminho senão rasgar todas as páginas do Novo Testamento.
Agora, se Maria é a verdadeira Mãe de Jesus e Jesus o verdadeiro Deus, se segue necessariamente que Maria é a verdadeira Mãe de Deus. São Paulo ensina explicitamente que “chegada à plenitude dos tempos, Deus mandou seu Filho, feito de uma mulher”. (Gal. IV, 4). Por estas palavras, manifesta-se claramente que Aquele que foi gerado desde toda a eternidade pelo Pai é o mesmo que foi depois gerado no tempo pela Mãe; mas aquele que foi gerado desde toda a eternidade pelo Pai é Deus, o Verbo. Portanto, também o que foi gerado no tempo pela Mãe é Deus, o Verbo.
Todavia, mais clara e explícita é a expressão de Santa Isabel. Respondendo à saudação que Maria lhe dirigiu, Santa Isabel, inspirada pelo Espírito Santo disse cheia de admiração: “E com me é dado que a Mãe de meu Senhor venha a mim?” (Luc. I, 43).
A expressão meu Senhor é, evidentemente, sinônimo de Deus, já que, em seguida, Isabel diz: “Se cumprirão em Ti todas as coisas que te foram ditas de parte do Senhor”, ou seja, de parte de Deus. Isabel, portanto, inspirada pelo Espírito Santo, proclamou explicitamente que Maria é a verdadeira Mãe de Deus.
***
Por Inácio Almeida


Santa Maria, Mãe de Deus


“Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?” (Lc 1,43)
O título “Théotokos” (Mãe de Deus) foi dado à Maria durante o Concílio de Éfeso (431), na Ásia Menor. A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então Bispo de Constantinopla. Os protestantes retomaram esta heresia já sepultada pela Igreja de Cristo. Este é um problema de Cristologia e não de Mariologia. Vamos demonstrar através dos exemplos abaixo a autencidade da doutrina católica.
Maria é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus que é Deus
Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lancará um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?
Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mae da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.
Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano.
A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.
Provas da Sagrada Escritura
A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia.
Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:
O profeta Isaías escreveu: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco].” (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus.
O Arcanjo Gabriel disse: “O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele tb é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14.
Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: “Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo”? (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus..
São Paulo ainda escreveu: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” (Gl. 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus.
Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja – portanto sendo menor que Ela – , vemos como está de acordo com o ensino da mesma.
A Doutrina dos Santos Padres
Será que os Apóstolos de Cristo concordavam com a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Pois segundo os protestantes, a Igreja Católica inventou a maternidade divina de Maria no séc V durante o Concílio de Éfeso.
Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: “Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu”. (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.)
Veja agora o testemunho de São João Apóstolo: “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana.” (S. João Apost. Ibid)
São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (S. Jac. in Liturgia)
São Dionísio Areopagita: “Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes.” (S. Dion. in revel. S. Brigit.)
Orígenes escreveu: “Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe” (Orig. Hom I, in divers. – Sec. II)
Santo Atanásio diz: “Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta.” (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.)
Santo Efrém: “Maria é Mãe de Deus sem culpa” (S. Ephre. in Thren. B.V.).segredo_de_maria_novacapa
São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”. (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.).
Santo Agostinho: “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus”. (S. Agost. in orat. ad heres.).
Todos os Santos Padres afirmaram em amor e veneração a maternidade divina por Nossa Senhora. Me cansaria em citar todos os testemunhos primitivos.
Agora uma surpresa para os protestantes. Lutero e Calvino sempre veneraram a Santíssima Virgem. Veja abaixo a testemunho dos pais da Reforma:
“Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.” (Martinho Lutero no comentário do Magnificat – cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor).
“Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” (Martinho Lutero – Deutsche Schriften, 14,250).
“Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Calvino – Comm. Sur I’Harm. Evang., 20)
A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.
O Concílio Ecumênico de Éfeso
Quando o heresiarca Ario divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundí-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a pertubação e a indignação no Oriente.
Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anti-católica, herética.
São Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito.
Pode-se resumi-la em três pontos:
Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;
Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturazas em Jesus Cristo, que podem ser atribuidas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.
Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.
Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante aos bispos unidos.
Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.
Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.
Quando a multidão anciosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria Mãe de Deus, num imenso brado ecoou a exclamação: “Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!”
Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”.
Por Alessandro Lima
Fonte: www.veritatis.com.br

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Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho


Nasceu de família cristã, da qual recebeu boa educação. Submetera-se inteiramente ao marido, suportando os seus escárnios e transportes de cólera com uma paciência que servia de exemplo às outras mulheres, e conquistou-o, assim, para Deus, no fim da vida.
Tinha o talento particular de reunir as pessoas divididas. Depois que enviuvou, dedicou-se inteiramente às obras de piedade. Dava grandes esmolas, servia aos pobres, não faltava nenhum dia à oblação do santo altar, nem de vir duas vezes à igreja, na manhã e à tarde, para ouvir a palavra de Deus e fazer preces, em que consistia toda sua vida. Deus comunicava-se com ela por meio de visões e de revelações; ela sabia distingui-las dos sonhos e dos pensamentos naturais. Tal era Santa Mônica, na narração de Santo Agostinho.
Quando viu o filho envolvido nas peias da heresia dos maniqueus, afligiu-se mais do que se morto o visse, e não queria mais tomar as refeições com ele: mas foi consolada por um sonho. Viu-se sobre uma prancha de madeira e ao jovem homem resplandecente que lhe vinha ao encontro e lhe perguntava a causa de sua dor, respondeu que chorava a perda de seu filho. “Olhai, disse ele, ele está convosco!” Com efeito, ela o viu ao pé de si, na mesma prancha. Contou o sonho a Agostinho, que lhe respondeu: “É que sereis o que sou agora”. Mas ela replicou sem hesitar: “Não; porque não me disse?: Será o que ele é, mas ele irá para onde tu estás.” Depois disto ela morou e tomou suas refeições com ele, como anteriormente.
Dirigiu-se a um santo bispo e solicitou-lhe que falasse ao filho. O bispo respondeu: “Ainda é demasiadamente indócil e demasiadamente imbuído desta heresia, que lhe é nova. Deixai-o, e contentai-vos em pedir por ele; ele verá, com leituras, qual é o erro. Eu, que vos falo, em minha infância, fui entregue aos maniqueus por minha mãe, que eles haviam seduzido; não somente li, mas transcrevi quase todos os seus livros, e, por mim mesmo, desenganei-me.”
A mãe não se satisfez com estas palavras, e continuou a instar para que falasse ao seu filho. O bispo respondeu-lhe então com certo humor: “Ide, é impossível que o filho de tantas lágrimas pereça!” Isso ela recebeu como um oráculo do céu. Seu filho, todavia, permaneceu nove anos maniqueu, desde a idade de dezenove anos até os vinte e oito.
No ano 384, Agostinho veio a Milão ensinar retórica, e conheceu Santo Ambrósio, que o desiludiu paulatinamente do maniqueísmo. Resolveu definitivamente abandonar os maniqueus e permanecer na Igreja, na qualidade de catecúmeno, como dizia ele, na Igreja que os pais lhe haviam recomendado, isto é, na católica, até que a verdade se lhe revelasse mais claramente.
Santa Mônica veio da África encontrá-lo em Milão, com tão viva fé, que atravessando o mar, consolava os marinheiros, mesmo nos maiores perigos, pela certeza que Deus lhe havia que chegaria até seu filho. Quando ele lhe disse que não era mais maniqueu, mas que ainda não era católico, ela não se surpreendeu; respondeu-lhe tranquilamente que estava certa de vê-lo fiel católico antes de deixar esta vida. Entrementes, continuava com as preces e atenta às prédicas de Santo Ambrósio, a quem amava como anjo de Deus, sabendo que havia levado seu filho a esse estado de dúvida, que deveria ser a crise de seu mal. Como tivesse o costume, na África, de levar às igrejas dos mártires pão, vinho e carnes, queria fazer o mesmo em Milão; mas o porteiro da igreja lhe impediu e lhe disse que o bispo o havia proibido. Ela obedeceu imediatamente, sem que nenhum apego ao costume. Santo Ambrósio, de resto, havia abolido esses repastos nas igrejas, porque, em lugar dos antigos ágapes sóbrios e modestos, não ofereciam senão oportunidade para devassidão. Amava, por seu lado, Santa Mônica pela piedade e boas obras, e sempre felicitava Agostinho de ter mãe como aquela; porque toda sua vida fora virtuosa.
Santo Agostinho, após o batismo, tendo examinado em que lugar poderia servir a Deus mais utilmente, resolveu voltar para a África com a mãe, o filho, o irmão e um jovem chamado Evódio. Ele era também de Tagasta; sendo agente do imperador, converteu-se, recebeu o batismo antes de Santo Agostinho, e deixou o cargo para servir a Deus.
Quando chegaram a Óstia, descansaram do longo caminho que haviam feito desde Milão e se prepararam para o embarque.
Um dia, Santo Agostinho e sua mãe, debruçados ambos sobre uma janela que dava para o jardim da casa, entretinham-se com uma doçura extrema, esquecendo todo o passado e conduzindo o pensamento para o futuro. Buscavam saber qual seria a vida eterna dos santos. Elevaram-se acima de todos os prazeres dos sentidos; percorreram gradativamente todos os corpos, o próprio céu e os astros. Chegaram até as almas, e, passando por todas as criaturas, mesmo espirituais, alcançaram a sabedoria eterna, pela qual elas são, e que é sempre, sem diferença de tempo. Ali permaneceram um momento no auge da satisfação espiritual, e suspiraram contrafeitos ao serem obrigados a voltar ao ruído da voz, onde a palavra começa e acaba. Então a mãe lhe disse; “Meu filho, pelo que me diz respeito, já nenhum prazer me prende a esta vida. Não sei o que faço aqui, nem porque existo. O que me fazia ansiar aqui permanecer era ver-vos cristão católico antes de morrer. Deus concedeu-me mais; vejo-vos consagrado a seu serviço, após haverdes desprezado a felicidade terrena.”
Aproximadamente cinco anos após, caiu doente com febre. Um dia perdeu os sentidos; ao voltar a si, encarou Agostinho e seu irmão Navígio, e lhes disse: “Onde estava eu?” Depois, vendo-os compungidos de dor, ajuntou: “Deixareis vossa mãe aqui.” Navígio manifestou o desejo de que ela morresse de preferência no seu país. Mas ela encarou-o com olhar santo Agostinho e severo, como a repreendê-lo e disse a Agostinho: “Vê o que ele diz!” Enfim, dirigindo-se a ambos: Colocai este corpo onde vos aprouver; não vos inquieteis. Peço-vos somente que vos lembreis de mim no altar do Senhor, onde quer que estejais.”
Morreu no nono dia da enfermidade, na idade de cinquenta e seis anos, e no trigésimo-terceiro de Santo Agostinho; isto é, no mesmo ano de seu batismo, 387.
mulheressofridasAssim que expirou, Agostinho fechou-lhe os olhos. O jovem Adeodato lançava gritos lancinantes; mas os circunstantes o fizeram calar, não vendo motivo algum para lágrimas nesta morte, e Agostinho conteve as suas, fazendo violência a si próprio.
Evódio tomou do Saltério e principiou a cantar o salmo centésimo: “Cantarei em tua honra, Senhor, a misericórdia e a justiça.” Toda a casa respondia, e em poucos instantes se congregou grande número de pessoas piedosas de ambos os sexos. Levaram o corpo; ofereceu-se pela defunta o sacrifício de nossa redenção; fizeram-se as preces ao pé do sepulcro, segundo o costume, em presença do corpo, antes de enterrá-lo. Santo Agostinho manteve os olhos enxutos durante toda a cerimônia; mas enfim, à noite, deixou correr livremente as lágrimas para aliviar a dor. Orou por sua mãe, como fazia ainda tempos após, descrevendo todas as circunstâncias que cercaram essa morte no primeiro livro de suas Confissões; pediu aos leitores que se lembrassem no santo altar, de Mônica, sua mãe, e de seu pai, Patrício.
(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VIII, p. 82 à 87)

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A Beleza e as dores da Mulher


Hoje acordei pensando nas mulheres; sua beleza e suas dores. Sempre me impressionou o fato da mulher ser a última criação de Deus. Sempre vi nisso algo de especial.
Ora, se Deus criou o mundo em “seis dias”, e foi fazendo tudo surgir numa ordem crescente de perfeição: minerais, vegetais, animais, homem e mulher; então, a mulher é a mais linda criação de nosso Pai.
Isto me faz entender um pouco melhor a sua beleza, e também as suas dores. De um lado é a mais linda das criaturas, não só na beleza do corpo, dos olhos, dos cabelos, das mãos, que fascinam os homens; mas especialmente pela beleza do seu espírito: delicada, sensível, doce, detalhista, suave e frágil como uma flor de pessegueiro, mas, às vezes, paradoxalmente, rígida e forte como uma lâmina de aço.
Ela é a mais linda flor que o divino Jardineiro plantou nesta Terra; foi criada para ser mãe, como a terra que produz o fruto. Nela o homem lança a semente e espera nove meses o fruto nascer. Ele quase nada faz, apenas protege esta “terra” sagrada e cuida dela como faz o jardineiro, para que as ervas daninhas e os animais não a destruam. Mas a mulher, tal qual a terra, dia-a-dia, vai fazendo a semente germinar no seu seio, até que surja a planta e o fruto.
No entanto, a mulher tem as suas dores, podemos dizer até mais intensas que as do homem porque, como Deus, ela foi feita para dar e gerar a vida; e a vida tem um preço que se chama amor: renuncia e dor.
Seu corpo foi feito para gerar a vida; então, ela é dotada de ovários, trompas, útero, esses instrumentos sagrados que acolhem a semente da vida e a faz germinar até a plenitude. É uma beleza, uma maravilha do Criador, mas tem as suas dores. Ela tem que ser dotada de seios para amamentar, e tudo o mais que a vida que surge precisa. E isso traz também dores.
Fico pensando nas sete Dores da Virgem Maria, vendo o Seu Filho Divino morrer esmagado como a uva no lagar, e como o trigo na moenda, para ser o nosso Salvador, Alimento e Remédio de nossa alma.
Fico pensando em todas as mulheres, que carregam nos seus corpos e nas suas almas a força e a beleza da vida, com “suas dores, como hóstias oferecidas ao Criador”.
Quantas mulheres- assim como a minha- se extinguiram com um câncer de mamas, de útero, ou ainda, padecem por tantas outras enfermidades. É o preço da vida!
Todas elas, em grande parte da vida, têm de bem-viver, com paciência, os incômodos da menstruação, e de outras particularidades que também por ela são desencadeadas…é o preço da vida!
Mas há um sofrimento ainda pior: é aquele que vai direto em sua alma. Certa vez, uma senhora me disse que o filho sai que sai de seu ventre um dia, mas passa para sua cabeça, e dali não sai nunca mais. É verdade! Fico pensando em Santa Mônica que viveu para conquistar o marido pagão, Patrício, para Deus e o filho Agostinho, rebelde. Mas na sua dor e suas lágrimas ela venceu. “Não é possível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas” – ela ouviu de Santo Ambrósio de Milão. E nas dores de Mônica foi gestado o gigante Santo Agostinho. É da cruz que se vê a Luz. Por isso, não desanime!mulheressofridas
Como seria bom se todas as mulheres tivessem a consciência de seu grande valor, da importância que têm diante ao plano de Deus e do amor especial que Deus têm por cada uma delas!
Que neste dia, você mulher, possa oferecer a Deus todas as suas lutas e suas dores. Que seus sofrimentos sejam transformados em rosas, que carinhosamente, estão sendo plantados no grande jardim do Senhor.
Prof. Felipe Aquino

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A mais antiga oração de Nossa Senhora


No ano de 1927, no Egito, foi encontrado um fragmento de papiro que remonta ao século III. Neste fragmento estava escrito: “À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”.
cpa_ora_es_de_todos_os_tempos_da_igrejaEsta oração conhecida com o nome “Sub tuum praesidium” (À vossa proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Tem ela uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos (Livrai-nos de todo perigo) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Theotókos (Mãe de Deus).
Este título é o mais belo e importante privilégio da Virgem Santíssima. Já no século II, era dirigido à Maria e foi objeto de definição conciliar em Éfeso no ano de 431. Maria, Mãe de Deus! Qual é, na mente da Igreja e da Tradição, o genuíno e profundo sentido deste dogma mariano central?
São Tomás afirma que pelo fato de ser mãe de Deus: “A Bem Aventurada Virgem Maria está revestida de uma dignidade quase infinita, a causa do bem infinito que é o mesmo Deus. Portanto, não se pode conceber nada mais elevado que ela, como nada pode haver mais excelso que Deus”(Suma Teológica 1, q.25, a.6 ad 4.). E, de acordo com o Catecismo da Igreja Católica.
Denominada nos Evangelhos “a Mãe de Jesus” (João 2,1;19,25[a72]), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como “a Mãe de meu Senhor” (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (CIC 495)
O Concílio de Éfeso tem a glória de ser o grande Concílio Mariano, pois seu dogma destruiu a maior heresia contra a Virgem e pôs a pedra angular de toda a Mariologia. A igreja com o decorrer do tempo iria descobrindo os grandes tesouros encerrados na Maternidade Divina de Maria.
Porém, é necessário compreender o que a Igreja quer dizer quando fala em Maria como mãe de Deus. Jesus Cristo, segunda pessoa da santíssima Trindade, existe desde toda a eternidade. Ele procede do Pai por uma geração espiritual, na qual não intervém evidentemente nenhuma criatura humana. Portanto, Maria não é mãe do Filho de Deus quanto à sua origem divina, mas é mãe do “verbo encarnado”, do Filho de Deus feito homem.
Maria deve ser chamada Mãe de Deus, porque a maternidade se refere sempre à pessoa. A mãe de um homem não é só a mãe de seu corpo. Ela é mãe da pessoa toda. Assim também Maria é mãe de seu Filho, como pessoa divina e humana que Cristo é.
Convém ainda recordar que esta questão já foi tratada na era patrística, isto é, no Cristianismo primitivo. De fato, Nestório, bispo de Constantinopla, negava o título de “Theotokos” (“Mãe de Deus”) a Maria. Nestório sabia muito bem que isto significava a consequente negação da natureza de Cristo, homem e Deus.
A mesma história patrística mostra a forte reação dos cristãos contra Nestório, que resultou no Concílio de Éfeso, no ano de 431, reconhecendo a legitimidade do título de Mãe de Deus, dado a Maria, e condenando as idéias nestorianas.
Por Diácono Inácio de Almenida EP.
Fonte: Gaudium Press

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O poder da oração de uma mãe

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