Antes de Deus ter criado os homens, criou os Anjos, que são espíritos puros, isto é, não compostos de matéria, embora por vontade divina, possam, às vezes, apresentar-se aos homens sob formas corporais.
O Senhor Onipotente deu aos Anjos inteligência excelsa e força admirável, muito superior às dos homens; fez feliz e elevou-os acima da sua natureza, fazendo-os participantes da vida divina e Seus filhos. Mas não lhes deu a posse da visão eterna da Divindade sem primeiro os experimentar.
Seres livres, conhecendo a Deus e amparados pela Sua Graça, podiam triunfar da prova a que foram sujeitos. O número dos Anjos é incalculável – milhares de milhões.
Existem nove coros ou categorias de Anjos. Lúcifer, que era o mais belo destes, revoltou-se cheio de orgulho contra o Senhor, e levou atrás de si, nesta revolta, a terça parte dos seus companheiros. Miguel, embora inferior em categoria a Lúcifer, pôs de alerta os seus irmãos para que ficassem fiéis ao Senhor. Pela sua fidelidade, foi posto por Deus, como chefe dos Anjos, enquanto Lúcifer era precipitado no Inferno com os que o seguiram. Os Anjos fiéis foram, então, confirmados em graça.
Invoquemos São Miguel na luta contra o demônio e de modo especial para obtermos a virtude da humildade.
O Apocalipse diz que no fim dos tempos, surgirá São Miguel que, com os seus anjos, derrotará o diabo e o sepultará para sempre no inferno. Os Anjos são nossos irmãos e amam-nos como amam a Deus, pois somos membros de Jesus Cristo; vêem-nos integrados n’Ele. Por declaração da Igreja, São Miguel é o seu padroeiro e também o padroeiro dos agonizantes e moribundos; é ele que introduz as almas, dos que deixam este mundo, na presença de Deus. Oh! Como ele de modo especial advogará a causa dos que se lhe recomendaram em vida, dedicando-lhe especial culto e propagando a sua devoção.
A época em que vivemos é caracterizada, no dizer dos últimos Pontífices, a partir de Leão XIII, como a época da apostasia, em que Lúcifer e os seus sequazes se lançam contra a Igreja com toda a fúria, procurando substituir a verdadeira fé, pelo materialismo, pela corrupção, pelo espiritismo, a magia negra, numa palavra, pelo culto de satanás e dos seus princípios. Ao saber disto, por revelação a ele feita, o próprio Papa Leão XIII mandou que em todas as missas, no final, se rezasse a São Miguel, para que com os seus exércitos celestes, protegesse a Santa Igreja e salvasse os seus filhos da perdição. Esta oração era obrigatória até à nova reforma litúrgica, mas nada impede que a rezemos particularmente.
Importa avivar a nossa fé em São Miguel. Que não haja nenhuma casa que não tenha a sua imagem, ao menos, um quadro. Antes da nova reforma litúrgica havia duas festa de São Miguel para a Igreja Universal: uma em 8 de Maio, em que se celebra a sua aparição no Monte Gargano, na Itália, e outra a 29 de Setembro. Agora temos só esta última, juntamente com São Gabriel e São Rafael.
Se a autoridade dos Sumos Pontífices constituiu São Miguel Padroeiro da Igreja Universal, seria insensatez que houvesse quem não quisesse aproveitar do amplo auxílio que este Príncipe Arcanjo, - coroado por Deus como Chefe Supremo das Milícias Angélicas, - a todos quer dar na luta contra o demônio. A uma santa religiosa disse São Miguel: “Diz a todos o muito que eu posso, junto do Altíssimo; diz-lhe que me peçam quanto queiram, pois é grande o meu poder perante Deus”.
Fonte: http://www.arcanjomiguel.net