Padre Pio foi bastante amado, mas sabia bem que haviam os inimigos terríveis, que o odiavam à morte. Não eram os homens, que podem ter se enganado por informações recebidas, por preconceitos, por incompreensões. Os verdadeiros inimigos eram os demônios; inimigos do padre e inimigos de qualquer um de nós.
Creio que na vida de Padre Pio se pode deparar, de modo bastante evidente, a uma realidade na qual muitos não crêem, porque esses espíritos agem acultamente. É uma realidade terrível que São Paulo exprime assim:
“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os principados e potestades, contra os principes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares” (Ef 6,11-12).A indicação que São Paulo fala dos demônios é muito precisa, porque os chama com o nome de sua ordem de classificação. Creio que esta tenha sido uma das missões de Padre Pio: uma luta evidente, para ele visível, contra o verdadeiro e oculto inimigo; o terrível inimigo de todos.
“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos que lutar, mas contra os principados e potestades, contra os principes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares” (Ef 6,11-12).A indicação que São Paulo fala dos demônios é muito precisa, porque os chama com o nome de sua ordem de classificação. Creio que esta tenha sido uma das missões de Padre Pio: uma luta evidente, para ele visível, contra o verdadeiro e oculto inimigo; o terrível inimigo de todos.
Muitas vezes, principalmente nas transmissões televisivas, me perguntam se vi o diabo e como poderia descrevê-lo. O diabo, como todo o mundo angélico ao qual faz parte, é um espírito; não possui um corpo, não é visível e não é descritível. Se é visto de modo sensível, deve se servir de uma forma fictícia, que assume de acordo com o que vai provocar.
É como os anjos. Quando o arcanjo Rafael se ofereceu de acompanhar o filho de Tobit, tinha a aparência de um jovem com trajes de viagem; Santa Francesca Romana via seu anjo da guarda na forma de um menino belíssimo, e é por isso que vem representada perto de um jovem; outras aparições angelicais assumiram a imagem de um ser luminoso. Adotam aparências diferentes para percebermos sua presença, mas não de acordo com a sua realidade, a realidade de um ser espiritual.
O demônio também segue esse critério. Para fazer notar sua presença, recorre a um aspecto que corresponde ao que vai provocar: medo, sedução, engano. Notamos que Padre Pio, no final da primeira infância, havia tido visões celestiais, tanto que acreditava ser um fato comum a todos. Mas viu também os demônios, quase sempre com aspectos horríveis, que o amedrontavam profundamente. E por toda a sua vida continuou a ver esses seus inimigos cruéis, em aspectos diversos, quase sempre na sua pessoa maligna, ainda que a veste não fosse aquela real de sua natureza de puro espírito.
Em algumas vezes o padre havia visto os demônios como seres horríveis, que o atormentavam, o batiam com ruidos de corrente, deixando-o marcado e sangrando. Outras vezes apareciam como horríveis animais, rosnando e aterrorizando. É muito significativa a descrição dos assaltos demoníacos, que ele fez de onde os superiores o haviam mandado em 1911, para que completasse os estudos e aprendesse as eloquências sacras.
Foi uma das tantas visitas breves e sofridas, que terminaram com o retorno à sua região de Pietrelcina. Foi em Venafro que pela primeira vez se manifestou claramente o mundo interior de Padre Pio, seja pelos assaltos dos demônios, seja pelo êxtase que sempre o seguiram, quando o padre falava livremente ao Senhor ou à Mãe, sem se dar conta se qualquer irmão estava presente e escutava.
O demônio aparecia algumas vezes em forma de um gato negro e selvagem, ou de animais repugnantes: era clara a intenção de incutir o terror. Outras vezes aparecia na forma de jovens moças nuas e provocativas, que dançavam de modo obsceno; era clara a intenção de tentar o jovem sacerdote na sua castidade.
Mas o maior perigo era quando o demônio tentava enganar Padre Pio aparecendo de forma sacra (o Senhor, a Virgem, São Francisco…), sobretudo na forma de pessoas as quais era submisso (o superior da casa, o superior provincial, seu diretor espiritual…).Para este último caso Padre Pio havia preparado um método de discernimento que depois segueriu a alguns de seus filhos espirituais e que encontramos já em Santa Teresa d’Ávila, mesmo que Padre Pio não tenha lido os escritos da santa carmelita. O que fazer para distinguir? Quando aparecia verdadeiramente o Senhor, a Virgem, o anjo de guarda, o padre havia notado que uma rápida sensação de temor, de espanto; mas depois, terminada a aparição sentia grande paz.
Quando, ao contrário, era o maligno que se apresentava em uma aparência sacra, o padre sentia uma alegria imediata, atrativa; mas depois ele tinha a impressão amarga, uma grande sensação de tristeza.
E as almas próximas, o que via Padre Pio? Talvez visse claramente o despojo de Satanás.
Em todo caso, Padre Pio o disse à pessoa interessada e somente a ela. Penso que normalmente não visse o demônio, mas o combatia com força; sabia muito bem a sua ação principal, aquela a qual todos nos sujeitamos, da tentação. Ainda, durante as confissões, fazia gestos com as mãos como que para afastar qualquer coisa. Rezava ao Senhor para libertar o penitente das tentações ou dos hábitos cativos; Santo Afonso, que é mestre nesta matéria, sugeria que os confessores, em certos casos, fizessem mentalmente um pequeno exorcismo, antes de proceder a confissão.
Em todo caso, Padre Pio o disse à pessoa interessada e somente a ela. Penso que normalmente não visse o demônio, mas o combatia com força; sabia muito bem a sua ação principal, aquela a qual todos nos sujeitamos, da tentação. Ainda, durante as confissões, fazia gestos com as mãos como que para afastar qualquer coisa. Rezava ao Senhor para libertar o penitente das tentações ou dos hábitos cativos; Santo Afonso, que é mestre nesta matéria, sugeria que os confessores, em certos casos, fizessem mentalmente um pequeno exorcismo, antes de proceder a confissão.
Creio que se possa dizer com certeza que a maior luta de Padre pio com o demônio acontecia para salvar as almas, seja na confissão, seja quando rezava por todos os seus filhos.Recordo que na luta contra a ação extraordinária do demônio, Padre Pio tinha um particular poder e um particular discernimento, como vemos em tantos santos e santas, por serem exorcistas e não como faziam o exorcismo. Muitas vezes encontrou pessoas possessas pelo demônio e o comportamento do padre variava de caso em caso.