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quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Em 1531, os missionários espanhóis franciscanos e dominicanos evangelizavam os índios maias e astecas no México, e tinham muita dificuldade nessa missão porque esses índios eram idolatras e ofereciam aos seus muitos deuses sacrifícios humanos de milhares de rapazes e de virgens, nos altos das muitas pirâmides que podem ser visitadas ainda hoje no México. Um sacerdote cortava fora o coração de vítima, com uma faca de pedra pouco afiada e o oferecia aos deuses.
Nesse ano a Virgem Mãe de Deus apareceu ao piedoso índio São João Diego, na colina de Tepeyac, perto da capital do México. Com muito carinho ela pediu que ele fosse ao bispo pedir-lhe que nesse lugar construísse um Santuário em sua honra. D. João de Zumárraga, primeiro bispo do México, franciscano, vindo da Espanha, retardou a resposta a fim de averiguar cuidadosamente o ocorrido. Quando o índio, movido por uma segunda aparição e nova insistência da Virgem, renovou suas súplicas entre lágrimas, ordenou-lhe o bispo que pedisse a Nossa Senhora um sinal de que a ordem vinha realmente da grande Mãe de Deus.
Então Nossa Senhora enviou ao Bispo o conhecido sinal milagroso das rosas. Ela disse ao índio: “Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é o meu embaixador e merece a minha confiança… Quando chegar diante do Bispo, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém só na presença do bispo. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omitindo…”
Essas rosas só davam em Castela na Espanha, de onde era procedente o bispo. João Diego obedeceu e, ao despejar as flores perante o bispo, eis que surge no seu manto a linda pintura milagrosa de Nossa Senhora tal como ela lhe apareceu. O bispo acompanhou João ao local designado por Nossa Senhora.
O ícone de Nossa Senhora de Guadalupe é repleto de sinais milagrosos. Até hoje os cientistas não conseguem explicá-lo. Não sabem que produto tingiu o manto; não é deste mundo. A fama do milagre espalhou-se rapidamente por todo o território. Os cidadãos, profundamente impressionados por tão grande prodígio, procuraram guardar respeitosamente a santa Imagem na capela do paço episcopal. Mais tarde, após várias construções e ampliações, chegou-se ao templo atual.
Em 1754, escrevia o papa Bento XIV: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros; uma Imagem estampada numa tela tão rala que, através dela, pode-se enxergar o povo e a nave da Igreja tão facilmente como através de um filó; uma Imagem em nada deteriorada, nem no seu supremo encanto, nem no brilho de suas cores, pelas emanações do lago vizinho que, todavia, corroem a prata, o ouro e o bronze… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação.”
A partir das aparições de Nossa Senhora de Guadalupe os missionários passaram a evangelizar os índios em massa; mais de sete milhões foram batizados em poucos anos e o México é hoje o país que mais católicos têm (94% da população).
Em 1910 o Papa S. Pio X proclamou Nossa Senhora de Guadalupe “Padroeira da América Latina”, e em 1945, o Papa Pio XII a proclamou “Imperatriz da América Latina”.
Há hoje, infelizmente, uma mentalidade muito errada em nossos meios acadêmicos que quer ver na civilização asteca algo melhor que nossa atual civilização cristã; nada mais triste. A turma do “politicamente correto”, inclusive os adeptos da perigosa teologia da libertação, quer desprezar os missionários espanhóis, que “impuseram uma religião estrangeira sobre os inocentes nativos que encontraram.” Inocentes nativos?
As grandes sociedades asteca e maia foram construídas com base na conquista de povos não-astecas e não-maias, com a mão-de-obra escrava e o assassinato ritual daqueles escravos.
Seus elogiados canais e magníficos templos foram construídos por escravos. Estas culturas se man¬tiveram baseadas no medo. Quem se indispusesse com os sacerdotes, pagos pelo Estado; tinha seu coração arrancado fora. Numa única cerimônia os astecas cortaram fora os corações de 10 mil virgens obtidas com o sequestro de moças e meninas dos povoados vizinhos. Esses corações eram oferecidos aos deuses. (cf. “Astecas eram escravocratas e genocidas”, William A. Hamilton, escritor e colunista, artigo para a “USA Today”).
Nelson Ascher, jornalista Integrado à equipe de articulistas da “Folha de São Paulo”, no seu artigo Canibalismo dos Astecas”, diz entre outras coisas que:
“Sabe-se que o centro da religião asteca era a sacrifício humano, mas a escala em que era realizado aponta para urna realidade ainda mais sinistra. Segundo palavras do padre espanhol Sahgun, o mais minucioso historiador de então da civilização indígena do México, pode-se ver a descrição do sacrifício humano no topo das pirâmides: a vítima, segura por quatro sacerdotes, tinha o peito aberto por um quinto com uma faca de obsidiana, e seu coração pulsante arrancado -, após ser o cadáver arrojado escada abaixo culminava com um singelo: “Después, lo cocian Y lo comian’ (Depois cozinhavam-no e comiam)”.
“Carne humana era muito apreciada com tomate nativo da região, e provavelmente temperada com chili. Num festival de quatro dias, em finais do século 15, os astecas te¬riam “abatido” vinte mil prisioneiros. Parece que este era também o consumo anual médio só na capital.”
“Os astecas inclusive promoviam suas numerosas guerras com a única finalidade de capturar prisioneiros para seus rituais sofisticados que incluíam, em um de seus meses, o esfolamento após a qual os sacerdotes se vestiam com as peles das vítimas.”
Podemos chamar isso de civilização?
Infelizmente essas cruentas práticas dos maias e astecas são acoberta¬das, enquanto as práticas dos espanhóis são anunciadas aos quatro ventos. Mostram-se em planetários os feitos dos astecas e maias no campo da astronomia, mas as o assassi¬nato ritual e rotineiro de milhões de pessoas é maliciosamente encoberto.
Podemos chamar isso de civilização?
Infelizmente essas cruentas práticas dos maias e astecas são acoberta¬das, enquanto as práticas dos espanhóis são anunciadas aos quatro ventos. Mostram-se em planetários os feitos dos astecas e maias no campo da astronomia, mas as o assassi¬nato ritual e rotineiro de milhões de pessoas é maliciosamente encoberto.
Como pode uma “civilização” desta ser melhor do que o Cristianismo, que prega amor até aos inimigos? É um contra senso; uma grande incoerência. Por isso a chegada de Fernando Cortez em 1521 no México e os esforços para converter os povos indígenas ao cristianismo são tratados com desdém.
O Papa Bento XVI no seu discurso de abertura do V CELAM, em Aparecida, falou da importância da evangelização da América Latina que começou com Cristovão Colombo em 12 de outubro de 1492. Ele disse:
“O anúncio de Jesus e de seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha”.
“Para os povos pré-colombianos, a evangelização significou conhecer e acolher a Cristo, o Deus desconhecido que seus antepassados, sem sabê-lo, procuravam em suas ricas tradições religiosas. Cristo era o Salvador que desejavam silenciosamente”.
“Significou também ter recebido, com as águas do batismo, a vida divina que os fez filhos de Deus por adoção; ter recebido, além disso, o Espírito Santo que veio a fecundar suas culturas, as purificando e desenvolvendo os numerosos germens e sementes que o Verbo encarnado tinha posto nelas, as orientando assim pelos caminhos do Evangelho”.
“A utopia de voltar a dar vida às religiões pré-colombianas, separando as de Cristo e da Igreja universal, não seria um progresso, a não ser um retrocesso. Em realidade seria uma involução para um momento histórico ancorado no passado”.
É verdade que houve muitos erros e abusos por parte dos espanhóis que para cá vieram; muitos saíram das prisões na Espanha; mas o Evangelho livrou o México da barbárie asteca e maia. E isso graças a Nossa Senhora de Guadalupe, Aquela que “esmaga a cabeça da serpente”, e aos valorosos franciscanos e dominicanos.
Prof. Felipe Aquino
http://cleofas.com.br/a-importancia-das-aparicoes-de-nossa-senhora-de-guadalupe/
Descrição do manto de Nossa Senhora de Guadalupe
INTRODUÇÃO – As nações indígenas da América (maias, astecas e outros) se comunicavam com imagens e sinais codificados que unificaram suas línguas.
O Ayate (Tilma de Juan Diego) – Foi fabricado de “Ixtle” – fibra de maguey, e mede 1,68 x 1.05 e sua textura aberta é a mais inadequada para uma pintura. Além disso a sagrada imagem esteve sem proteção de um vidro por mais de 116 anos; são poucas as deteriorizações que sofreu. Do ayate de S. Juan Diego nasce um novo povo; unido por nossa Patrona Santa Maria de Guadalupe.
Importância da data da aparição – No ano de 1531, ano da aparição de Na. Sa. de Guadalupe, chamado em Náhuatl (língua indígena) “Ano Matlactli ihuan yei Actl” que quer dizer “Ano 13 carrizo” que vai de 2 de fevereiro de 1531 a 1 de fevereiro de 1532 é um anos especial. E em 1531 aconteceu a conjugação de Vênus – Quetzalcóatl tendia à plenitude da trezena de dias e a trezena de anos; para o Tenochca o número 13 é o numero perfeito, cheio de plenitude; é o nascimento do Sol.
A pintura – O erudito alemão Richard Kuhn em 1938, a pedido do Dr. Ernesto Sodi Paliares, descobriu que a pintura não tem corantes de tipo mineral, vegetal ou animal e que no século XVI não se conheciam os corantes sintéticos. “Surpreendente”. “Na tilma do pobre Juan Diego… pincéis que não são deste mundo deixaram pintada uma imagem dulcíssima”, descreveu o papa Pio XII.
Cabelos da Virgem – É de cabelo solto com uma divisão ao meio, que assim usavam as moças virgens, já que as indígenas casadas o usavam com duas tranças entrelaçadas dos dois lados.
Olhos da Virgem – Por meios científicos de uso de técnicas mais modernas de computação digital o Dr. J. Aste Tonsman descobriu a presença de 13 pessoas em ambas as córneas dos olhos da Virgem. O pequeno diâmetro das córneas e o material rústico do ayate tornam impossível de pintar esses detalhes com as mãos do homem.
O Rosto da Virgem – Seu rosto não é espanhol nem indígena, mas mestiço, de uma jovem ao redor dos 16 anos; é uma nobre profecia sobre a fusão de duas raças; em 1531 não havia jovens mestiças dessa idade. Entre os indígenas olhar de frente era ofensa, por isso ela não nos está olhando de frente, mas com a cabeça inclinada, que significa em náhuatl “itla toloa” e nos diz que não somos seus escravos, que sempre está pensando em nós e nos ama.
Raios – Há uma aura luminosa que rodeia a Virgem , como se saísse do seu ventre. Raios de Sol anunciando a chegada de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Para os Tenochcas o “ollin Tonatiuh” (Sol em movimento) e a Virgem o irradia para o bem de todo a Criação. Os raios em forma de flecha se relacionam com a elevação espiritual. E os ondulados com Quetzalcóatl (serpente) raios de Vênus.
Boca – A boca da Santíssima Virgem se acha pintada sobre um defeito do ayate, mas é anatomicamente perfeita. É pequena e parece começar um leve sorriso.
As mãos da Virgem – Com as mãos juntas a Virgem está em constante oração. Acredita-se que está fazendo uma casinha, referencia a “Sua casinha sagrada de Tepeyac”, a fundação de uma nova nação, a fusão de duas culturas.
Cintos – vestimento de uma mulher nobre – A faixa negra na cintura é sinal de gravidez que as mulheres indígenas usavam acima da cintura. O cinto terminado em ângulo e caindo para frente tem referencia com o pensar Tenochca, de cingir-se assim os deuses e deusas. E é um símbolo de fim de ciclo.
Tepet e tepétis – Significam forma de falar e de cantar como aparece nos códices e significa que está dando uma mensagem universal para a humanidade.
O Oval – No peito se encontra um oval que é idêntico ao das estátuas dos deuses que portam sobre o peito, como sua própria alma que lhes dá a vida, no meio há uma cruz negra. Esta cruz recordaria o Nahuiollin o quarto movimento que produz o sol, máxima energia dos Anahuacans.
Flor de 4 pétalas – Para as culturas indígenas esta flor na altura do vente indica : os 4 pontos cardeais, as 4 estações do ano, 4 épocas passadas, esperando o Regresso de Quetzalcoatl, o quinto sol em plenitude (ano 13 Acatl, conjunção de Vênus), que coincide com o solstício de inverno de 1531. Também viram nesta flor o símbolo o símbolo de Omeyocan (a morada de Deus. Pai e Mãe) e que assinalava para o indígena que a Virgem trazia consigo o nascimento de Cristo. Mãe do menino Sol, que o traz para que nasça aqui. Tudo era altamente simbólico no contexto da Sagrada imagem , por isso sua alegria não teve limites ao constata-lo através da maravilhosa proclamação inculturante do Acontecimento Guadalupeano.
Flor de 8 pétalas – Há flores de 8 pétalas que são oito conjunções do Sol e Vênus, que coincidiam a cada 104 anos solares que equivalem a 65 anos de Vênus. O ano sagrado de 260 dias, o ano solar de 365 dias e o ano de Vênus de 584, os três calendários coincidiram com a chegada da Virgem de Guadalupe e com esta data de 12 de dezembro de 1531 o homem e o universo se encontravam para começar de novo.
O manto da Virgem de cor azul esverdeado – O azul do manto adornado de estrelas, representa o céu. Tem 46 estrelas de oito pontas em u. Cientificamente as estrelas do manto estão na posição como estava o firmamento em 12 de dezembro de 1531segundo o programa de computação “Distant Suns”. Coincide com o nascimento do Sol, o regresso de Quetzalcátl.
Túnica da Virgem – A túnica é de cor roxo rosado, e representaria a terra. Contem figuras em cor de ouro, que é o metal divino, é uma mensagem divina com flores; entre elas há nove arranjos com flores, que podem significar os 9 povos que saem de Aztlan para fundar a grande Tenochtitlan, segundo narra o códige de 1576.
A Lua – A Virgem está de pé dando um passo sobre a Lua, toda ela é um Sol, e que dançando fertiliza e produz a vida com as diferentes estações. A Lua se refere ao nome de “éxico-Tenochtitlan”, e com uma nobreza que não é escravizante, nos dá o apoio do sexto Sol ao povo do México.
Significado em Náhuatl de México: O umbigo da Lua
Sapatilha – A sapatilha direita da Virgem aparece sua ponta sobre a Lua, é de uma cor similar ao da túnica.
O significado de Guadalupe – Possível etimologia do significado Tié-Cuauh-tiacup-euh = A que vem do Oriente como o Sol. Ou a que procede da região da luz, como a “Aguia de Fogo”.
O pequeno Anjo – O pequeno anjo que aparece aos pés da Virgem poderia ser um guerreiro-águila (Cuauhtli-Ocelotl) que pertence ao Exército do Sol, e representa o povo do Sol, tem asas de águia ; simbolo do fundador da Grande Tenochtitlan (a águia devorando uma serpente). Ele tem as mãos para cima como os indígenas representavam os deuses; com uma mão segura o manto e com a outra a túnica, com isto comunica a terra com o céu e é o simbolo de São Juan Diego Cuauhtlatoatzin (o senhor que fala como a águia). “O homem fiel e verdadeiro” que nos ensina o caminho que leva á Virgem Morena do Tepeyac”, palavras do Papa João Paulo II. As cores de sua plumagem e túnica são cores semelhantes das vestes da Virgem.
Cabelos do Anjo – Uma das características dos “macehuales” (gente do povo) era cortar os cabelos; isso significava “ser merecido pelo sangue de Deus”. Os batizados usavam então essa marca e os de ordens religiosas eram tonsurados. Para diferenciar as diferentes classes sociais os indígenas rasuravam a cabeça com diferentes estilos. A iluminação do Anjo vem diretamente do corpo da Virgem Maria e ilumina a parte superior de sua cabeça e braços.
As nuvens – Para os Tenochcas, as nuvens que rodeiam a imagem, as associam com a altura, a elevação do espírito e anunciam o divino. “A chegada da Nova Era” em que Ometéotl desce ao México , de onde “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”, efetivamente a chegada de Jesus Cristo Filho de Deus.
Adornos da Túnica – Os desenhos dos adornos florais nascem do manto da Virgem, que significaria o Céu, como pintam os tenochcas e significa um Rio que sulca os campos para rega-los e produzir alimentos e dar a vida. As folhas e flores que saem do desenho são o símbolo do fogo novo Atl-Tlachinolli “Água queimada”, uma das metáforas da guerra. Este símbolo assume todo um passado, porque ali surge um povo novo, guiado por Maria que é a mãe de Ometeótl, triunfadora da guerra que não destrói. O desenho tem uma flor em botão , que significa a insistência da mensagem e remata com uma grande folha em forma de Tepétl. A túnica tem cinco classes de flores:
1 – de quatro pétalas, que é a mais importante e que representa o Menino Sol.
2 – 8 flores de 8 pétalas que representa a conjunção do Sol e Vênus.
3 – Flores em botão.
4 – Flores que estão nascendo nas bordas dos Tepétls.
5 – Flores que representam a Vênus.
Fonte: Códige Guadalupano – Mensagem para duas culturas
Publicado no Periódico “El ayate Guadalupano”
Diretor Geral: Mons. Diego Monroy Pouce
http://cleofas.com.br/descricao-do-manto-de-nossa-senhora-de-guadalupe/
Curiosidades sobre a Imagem de Guadalupe
Minuciosa análise da Imagem
O poncho de fibra vegetal
No inverno a vestimenta masculina dos habitantes do México no século XVI era um manto, sobre um pedaço de pano que envolvia o peito e cintura. Para os ricos o manto era feito de algodão. Os pobres usavam a tilma ou poncho: grosseiro e simples feito de fibra vegetal, de forma retangular, preso no ombro com um nó. A tilma é uma trama de fios de maguey feita à mão ou em um tear simples. Chamam ayate este tecido. A tilma que Juan Diego vestia em 12 de dezembro de 1531, a mesma que é vista hoje na Basílica de Guadalupe, mede 1,65 m de comprimento por 1,60 m de largura. Portanto, para não arrastá-la, Juan Diego tinha um mínimo de 1,70 m. Maguey é uma planta das quais se extrai uma fibra têxtil. A tilma de Juan Diego é feita de uma das 175 espécies de agave, a chamada agave potule Zacc.
A Imagem seria uma pintura?
A tilma está composta de três partes, cada uma de 35,33 cm de largura, unidas por uma costura com linha de algodão. Uma das partes está dobrada por detrás, a Sagrada Imagem ocupando as outras duas. A Imagem tem exatamente 1,40m de altura. Juan Diego abrindo sua grande tilma. Observe-se que neste desenho da época não estão os acréscimos: coroa, linha nos bordes, gesso sobre os raios solares, etc. Dificilmente a vestimenta de um modesto índio azteca traria como enfeite qualquer desenho… É absolutamente impossível que trouxesse uma obra de arte. Não se tinha notícia que um tramado de fios de maguey pudesse reter qualquer pintura.
A Imagem é milagre
No século XVII, o sábio Luis Bezerra Tanco fez um estudo aprofundado do poncho de Juan Diego, procurando denodada e um tanto aprioristicamente tudo o que deveria (?) explicar-se naturalmente. Mas terminou fatigado, decepcionado. Viu-se obrigado a apoiar todas suas conclusões na onipotência divina. Como afirmaram antes, e como foi comprovado cada vez com melhores e mais avançadas técnicas depois.Em 1666 uma comissão de sete pintores escolhidos, sob a direção de Salguero, chegava à conclusão de que a Imagem não podia ser uma pintura feita pelo homem. As técnicas humanas análogas às da Imagem, óleo, têmpera, aquarela e afresco, além de serem incompatíveis entre si no mesmo tecido, não apresentam no ayate os preparativos que seriam necessários. Muito mais: A Imagem, como se comprova até hoje, é invisível ou transparente olhando por detrás, apesar de opaca e perfeitamente visível olhando por diante! Em 1751, Miguel Cabrera, “o Michelangelo mexicano”, junto com o prestigioso pintor José Ibarra e mais dois especialistas comprovaram que não havia no original da Imagem de Guadalupe nenhum traço de pincel ou instrumento algum. A Sagrada Imagem de N. Sra. de Guadalupe. Observem-se no meio, na vertical, por onde passa a linha de algodão que une duas partes da tilma. A terceira parte fica por detrás. Sob as mãos, em toda a horizontal, a marca que ficou após os cientistas retirarem dois fios. Etc. No século XX, a tilma foi sistematicamente estudada pelos cientistas com os modernos e mais precisos instrumentos e técnicas. Entre tantos especialistas, citemos o famoso químico alemão Richard Kuhn, Prêmio Nobel de Química de 1938 e de 1949. Ele e seus colaboradores extraíram do ayate duas compridas fibras, uma correspondendo à parte rosada, outra à parte mais amarela. A conclusão foi surpreendente: “Nas duas fibras não existem corantes vegetais, nem corantes animais, nem corantes minerais”. Nem poderiam ser corantes sintéticos, desconhecidos em 1531. Não há corantes! Não contendo resíduos de pintura, a Imagem não é uma pintura! Quarenta anos depois, em 7 de maio de 1979, os cientistas Jody Brand Smith, professor de Estética e de Filosofia da Ciência no Pensacola College, e Phillip Serna Calahan, biofísico da Universidade da Flórida e especialista em pintura, ambos membros da equipe científica da NASA, iniciaram um estudo de toda a Imagem Guadalupana. Eles fotografaram, sem o atual cristal protetor, com filmes normais e especiais: 40 fotos em infravermelho, 60 fotos para computador… Os dois cientistas, com sua ampla equipe, trabalharam mais de dois anos e, fizeram um amplo relatório. Em primeiro termo explicaram o valor do método que utilizaram: “A fotografia em infravermelho é uma técnica que se emprega nos estudos críticos de pinturas antigas (…) Nenhum estudo de trabalho artístico pode ser considerado completo, enquanto não forem empregadas as técnicas da fotografia em infravermelho, e certamente nenhum trabalho científico se considera completo sem esta análise”.Os norte-americanos também não encontraram pintura no original da Imagem. Nem verniz lhe foi aplicado para resistir ao tempo. A Imagem não teve preparação ou esboço embaixo. Anônimo do século XVIII. Museu da Basílica.
“Foi Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, que desenhou a Imagem”
Comprovaram que Aquele que a desenhou não usou pincéis nem instrumento algum. Não retificou, nenhuma cor se superpõe, um mícron que seja, a outra. Não utilizou nenhuma técnica conhecida. A Imagem é, em muitas partes, semelhante a uma fotografia. Mas os técnicos da Kodak e outros especialistas provam com absoluta certeza que não se trata de fotografia, não tendo impressionado o tecido.
Também não é impressão gráfica…
As cores e luminosidade do rosto, das mãos, da túnica e do manto modificam-se e parecem ser efeito da refração da luz, análogo ao que acontece nas penas de certos pássaros ou nas asas de algumas borboletas. Tal efeito não pôde ser conseguido por técnicas humanas… E menos daquela época! Com o infravermelho pode-se acompanhar em relevo cada cabelo e seu ligeiro ondulado sobre o ombro, igualmente cada pelo das sobrancelhas e dos cílios. Não é ouro, nem cobre… nem tinta o dourado transparente imaculado (que aparece por baixo nas partes onde está caindo o ouro que foi acrescentado pelos índios) nos 129 raios solares. Nem é prata nem tinta… o branco transparente e imaculado (que aparece sob a prata acrescentada) da lua e do o laçarote na cintura. Perante uma reprodução fotográfica fidelíssima, autenticada e exposta pelas autoridades da Basílica, Pe. Quevedo na sacristia mostra todos os detalhes da Imagem em explicação aos peregrinos que acompanhou.
E mais surpresas…
Aproximando-se para ver a imagem a menos de 10 centímetros, só se enxergam as fibras do manto, não se vêem as cores nem a Imagem! Os cientistas da NASA puderam passar raios laser entre a tela e os acréscimos e retoques colocados pelos índios! Os retoques esta separados da tela três décimos de milímetro. Estão suspensos no ar. A Imagem não está!, embora todos a vejam por diante e a possam fotografar… Todos os cientistas ficaram profundamente impressionados. Não há entre eles nenhuma voz discordante a respeito de que se trata de maravilhoso milagre, uma coleção de milagres… Piedoso… desrespeito. – Todavia os processos da fotografia em infravermelho confirmaram que os homens tiveram o… atrevimento de sobrepor acréscimos e retoques. Os pigmentos empregados na pintura dos acréscimos e retoques podem ser identificados com facilidade. Em algumas partes, a técnica utilizada nos acréscimos é pobre, medíocre. Os menos imperfeitos são os acréscimos de bordas pretas que separam o manto e a túnica, assim como as bordas do broche sob a gola, e ao redor das mãos, e ao redor dos arminhos… Sem dúvida para que brilhasse mais à luz das velas nas grandes festas, acrescentaram ouro aos raios solares, e prata ao laçarote de arminho na cintura e à Lua que está aos pés de Nossa Senhora de Guadalupe. A dobra sumindo, e também o anjo preparando-se para “voar”. E a prata ficou preta, e tanto a prata como o ouro estão caindo aos pedaços, enfeando o conjunto. Mas… aparecem por baixo os admiráveis dourado e branco originais. Fantásticos! Colocaram uma coroa de prata: ficam abundantes e feios restos pretos, especialmente entre a trama do ayate. Como era típico no barroco da época, em ambos os lados da Imagem pintaram dois anjinhos, cabeças com asas. “Já voaram”. Não se nota mais nada. Só com aparelhagem especializada dá para perceber que estiveram lá. Acréscimo é também toda a dobra inferior horizontal da túnica, como também foi acrescentado aos pés da imagem o anjo, de meio corpo e com asas, tipicamente em formas e cores ao gosto dos índios mexicanos. Pretendiam, sem dúvida, encobrir o escurecimento provocado durante séculos pela fumaça de velas. E a dobra está desprendendo-se. Como igualmente está desaparecendo acima um pouco de escurecimento causado pela fumaça. E também este anjo já está perdendo os cabelos e… preparando-se para “voar” também. Entre muitíssimos desenhos antigos que aludem à acrescentada coroa de ouro, provavelmente a mais delicada seja esta, de 1766, por Miguel Cabrera, o “Michelangelo mexicano”. Uma coroa de ouro, com dez raios também de ouro, anterior e embaixo da coroa de prata, caiu completamente, tanto que hoje só com aparelhagem muito especial se conseguem detectar mínimos traços, Muitos documentos antigos fazem alusão a essa coroa. Etc., etc., etc.
O original – “Sem qualquer dúvida, as pesquisas provam que o azul do manto e o cor-de-rosa da túnica são originais, e nunca foram retocados”. Além disso com raios X e espectroscópio os cientistas verificaram que o manto azul tem superposto e em relevo um outro manto transparente como se fosse de seda, que nenhuma pintura humana poderia imitar, especialmente naquela época! Isto explica que algumas das 42 estrelas no manto de seda não apareçam dobradas como corresponderia às dobras do manto subjacente. Já antes falaram alguns autores da suavidade ao tato, como se realmente fosse de seda, apesar de estar num tosco ayate.
Sob a proteção de Deus – “Apesar da ausência de qualquer recobrimento protetor, a túnica e o manto são brilhantes e coloridos como se acabassem de ter sido pintados! (…) O retrato original conserva-se como no dia em que foi feito”. E outra comissão de quatro especialistas, sob a direção do protomédico Dr. Cárdenas, declara que era completamente impossível que a Imagem se tivesse conservado naturalmente. Pode-se notar que depois de mais de quinhentos anos, não existe descoloração nem gretadura da figura original em parte alguma. Como também não no ayate que, por ser de maguey, sumamente quebradiço, deveria ter se deteriorado completamente já há centenas de anos. Tudo isso, acrescentado ao progressivo desaparecimento do que deixaram todos os acidentes, ataques, retoques, acréscimos, etc. sublinha a conclusão.
Outras observações…
Juan Diego – Os missionários franciscanos mantinham centros de catecismo. A um deles, no convento do bairro Tlatelolco, ia para a Missa e para a catequese um índio.
Ele pertencia á raça asteca. Nasceu por volta de 1474 no povoado de Cuauhtitlán, próximo da Cidade do México. O índio chamava-se Cuauhtlatoatzin. Em 1525, toda a pequena família converteu-se ao catolicismo, recebendo ele no batismo o nome de Juan Diego, sua esposa o de Maria Lúcia e seu tio o de Juan Bernardino. Juan Diego era um macehual, isto é, um homem do povo. Da casta dos tlamenes, a mais desprezada entre os astecas. Os tlamenes dedicavam-se aos trabalhos mais humildes e difíceis. Em criança frequentara a escola, obrigatória para todos os astecas. Era apelidado de “peregrino”, pelo pouco que tratava e conversava com os demais e porque sempre andava só. Não tinha filhos. Em 1529 ficou viúvo. Levava muito a sério a espiritualidade católica da época. Todos os domingos caminhava, ida e volta, 24 quilômetros, da sua aldeia Tulpetlac para participar da Missa, comungar e aprofundar a instrução religiosa em Tlatelolco.
A morte da esposa uniu-o ainda mais em afeto e fé a seu tio, com o qual passou a assistir à Missa e comungar também aos sábados em honra de Nossa Senhora. Para isso tinha de se levantar muito cedo para poder voltar à hora do trabalho, pois a capela estava a 12 quilômetros de onde morava. A cidade de México (Tenochtithán) em 1628. E localização das outras cidades segundo mapa de 1519.
Dizia ter visto a Mãe de Jesus nos dias 9, 10 e 12 de dezembro de 1531.
Com seu caráter introvertido, não é tão surpreendente que tivesse visões e acreditasse receber revelações…
Depois que pensou ter visto a Mãe de Jesus, Juan Diego, em companhia do seu tio, deixou sua aldeia e sua casa e passou a morar num quartinho contíguo á ermida feita pelos índios no Tepeyac. Lá viveu dezessete anos, até os 74 anos, em 1548, quando foi morar definitivamente na casa do Pai em companhia Daquela que tanto amara em vida.
Falecido em 1544, aos 84 anos, foi enterrado na própria ermida, junto a seu tio Juan Bernardino. Foi beatificado em 1900 pelo Papa João Paulo II, durante a segunda visita papal ao México.
Uma História Do Século XVI
A incrível e formosa história consta por abundância de documentos, direta e indiretamente, de indígenas, mestiços e espanhóis. Muitíssimas são as fontes, tradições, informações e documentos antigos que registraram os fatos de dezembro de 1531. São escritos, cartas, anais, notícias, crônicas, pinturas…
Entre os mais antigos e importantes relatos, em língua asteca, destacam-se três. O Nican mopohua de Antonio Valeriano, um sábio indígena que o escrevera sozinho ou em equipe, ou apenas copiara e organizara em um só texto diversos testemunhos e informações.
Destaca-se também o Nican motecpana, outro livro que mais parece á reunião de vários outros escritos feita por um autor indígena diferente. Estes dois livros foram escritos na primeira metade do século XVI, imediatamente contíguos aos fatos relatados.
O terceiro destaque é o livro publicado em 1649 por Luis Lasso de la Vega, religioso encarregado da Igreja de Guadalupe. Este livro se constituiu no mais importante e elaborado documento sobre os acontecimentos de dezembro de 1531.
Nican mopohua e Nican motecpana são precisamente as palavras que iniciam a publicação de Lasso de la Vega: “Aqui se conta, aqui se ordena”…
As Visões
No dia 9 de dezembro de 1531, Juan Diego, então com 57 anos, dirigia-se, como de costume aos sábados, ao convento dos franciscanos em Tlatelolco. Era madrugada, pelas seis horas, quando perto do monte Tepeyac acreditava estar ouvindo o canto de pássaros e uma voz que o chamava afetuosamente. “Porventura sou digno do que ouço? (…) Onde estou? Acaso estou onde disseram nossos antigos, nossos ancestrais, nossos avós, a terra das flores, a terra de nosso sustento, já é aqui a terra do céu?”
Era o modo de falar indígena que Laso de la Vega preservou…
Juan Diego foi procurar quem o chamara e de onde vinham sons tão agradáveis. O franciscano Frei Juan González traduz as afirmações de Juan Diego para o Bispo Dom Juan de Zumárraga, que fica muito… desconfiado. Acreditou que estava lá visível uma jovem Rainha, de uns 15 anos, resplandecente, revestida pelo sol, com estrelas no manto, com a lua sob seus pés. Ela teria dito ser a Mãe do verdadeiro Deus e que muito desejava que ali fosse construído um templo, para que pudesse ajudar os que a invocassem. E teria pedido ao índio que fosse transmitir esse desejo ao bispo da cidade. O bispo em nada acreditou. Pensou que era tudo astúcia de índio para conseguir uma igreja mais perto…
Dia 10 de dezembro, domingo. Juan Diego explica à jovem Mãe do verdadeiro Deus que o bispo considera invenção de índio todo esse projeto de construir uma nova igreja… Então a jovem Rainha teria pedido que voltasse e insistisse.
Mais uma vez, Juan Diego voltou à casa do seu bispo. Depois de ouvi-lo longamente, o bispo continuou sem dar-lhe crédito. Não seria simplesmente um sonho, uma fantasia, ou até uma história asteca envolvendo a deusa da fertilidade cujo templo de fato se erguera nos arredores do Tepeyac? Juan Diego aprendera sobre a Mãe de Jesus nas aulas de catecismo. Talvez pensasse Nela ao passar por ali. Talvez desejasse vê-La, talvez se auto-sugestionasse. E a viu, como a imaginava.
Óvalo com óleo sobre tela, por Miguel Cabrera, representando segunda visão quando a jovem Rainha teria barrado o caminho pelo que Juan Diego queria fugir.
Uma mistura dos deuses astecas e a descrição do Apocalipse… Para o cultíssimo Dom Juan de Zumárraga a coisa estava clara: Juan Diego, devoto e sensível, teve uma alucinação. Seu inconsciente projetou sua religiosidade e desenvolveu uma linda e desejada história, pela qual ele foi se deixando levar… No dia seguinte, 11 de dezembro, Juan Diego não foi ao Tepeyac, pois ficou auxiliando seu tio, Juan Bernardino, que ficara gravissimamente doente pela varíola.
Na terça feira, 12 de dezembro, bem cedo, Juan Diego foi buscar um sacerdote para ministrar os últimos sacramentos ao tio, que certamente estava “nas últimas”. Ao chegar ao pé do Tepeyac, quis desviar por outro caminho para não encontrar-se com a jovem Rainha e não chegar tarde com o sacerdote… Mas a jovem Rainha teria lhe barrado a caminhada, no local onde hoje se ergue á igreja de “El Pozito”.
Ele apressou-se a contar-Lhe sobre o doente. Ela teria respondido: “Não estou aqui Eu que sou tu Mãe? Não te aflija a doença de teu tio, pois ele já sarou”.
“Revitalização” de Juan Bernardino, que também teve a visão de Nossa Senhora de Guadalupe, da que tanto lhe falara Juan Diego…
O Bispo Pede Uma Prova. Após a “revitalização” de Juan Bernardino, que tanto surpreendeu aos médicos espanhóis e da que todos falavam, Dom Juan de Zumáraga passou a pensar: Aquelas visões não poderiam ser especialmente providenciais? Mas nesse caso a jovem Rainha teria de apresentar uma prova: um milagre, a “assinatura” de Deus, precisamente relacionada com as visões de Juan Diego. A “revitalização” de Juan Bernardino parecia-lhe, com uma certa teimosia típica dos bascos (Zumárraga), insuficiente.
Alias, Dom Juan de Zumarraga já tinha dito na segunda visita de Juan Diego que o milagre era necessário para poder-se dar qualquer atenção a essas visões… Juan Diego, animado com o grande consolo da saúde do tio que a Senhora lhe assegurava, animou-se a contar à Rainha a exigência do bispo. E naquele instante… Repentinamente surgiram variadas e magníficas rosas, lá, onde o índio estava, no alto do monte Tepeyac.
“O alto da colina não era lugar onde brotassem flores de qualquer espécie, porque havia muitas ervas daninhas e era dezembro, quando o gelo estraga tudo”. Juan Diego cortou as flores e as guardou em seu poncho. E alegre, tomou o caminho da casa do bispo. “Autor anônimo, do século XVIII, representando o surgimento de rosas de Toledo.
http://cleofas.com.br/curiosidades-sobre-a-imagem-de-guadalupe/
A Imagem da Virgem de Guadalupe – EB
Em síntese: O presente artigo refere experiências recém-realizadas em torno da imagem da Virgem de Guadalupe, das quais resulta tratar-se de fenômeno inexplicável à luz das leis da natureza. Nenhum pintor teria efetuado tal imagem, por mais fina e esmerada que fosse a sua arte.
É de conhecimento geral, entre católicos e não católicos, a existência de famoso santuário consagrado a Nossa Senhora de Guadalupe no México. De resto, é o santuário da padroeira da América Latina, cuja festa é celebrada a 12 de dezembro. Ora há fatos inexplicáveis
recém-descobertos no tocante a tal santuário e à imagem que contém. Tais fatos se tornam indícios de real intervenção dos céus nas origens desse lugar de oração. A fim de melhor informar os nossos leitores, e em vista de sugestão trazida por amigos a PR, transcreveremos, a seguir, em tradução portuguesa o artigo de Torcuato Luca de Tena que expõe a seqüência dos acontecimentos notáveis concernentes ao santuário de Guadalupe.
recém-descobertos no tocante a tal santuário e à imagem que contém. Tais fatos se tornam indícios de real intervenção dos céus nas origens desse lugar de oração. A fim de melhor informar os nossos leitores, e em vista de sugestão trazida por amigos a PR, transcreveremos, a seguir, em tradução portuguesa o artigo de Torcuato Luca de Tena que expõe a seqüência dos acontecimentos notáveis concernentes ao santuário de Guadalupe.
Inexplicável
As assombrosas descobertas científicas que recentemente se fizeram, e ainda continuam a ser feitas, em torno da imagem mexicana da Virgem de Guadalupe deixam literalmente estupefatos a todos que as conhecem.
Breve Retrospecto
Para entender a importância de tais eventos, é preciso fazer breve retrospecto do que antiga e piedosa história narra acerca da milagrosa confecção da imagem, não pintada por mão de homem – segundo esta tradição -, mas, sim, milagrosamente impressa na túnica de um índio chamado Juan Diego em 1531. O relato que conta este sucesso, está escrito em náhualt (a língua dos aztecas) com caracteres latinos, e foi editado em seu idioma original e em espanhol em 1949, aproximadamente um século após sua primitiva redação, por iniciativa de um tal bacharel Luis Lasso de la Veja. Refere esta história que Juan Diego insistiu repetidas vezes com o primeiro Bispo do México, o franciscano Frei Juan de Zumárraga, para exprimir-lhe um desejo que lhe havia manifestado a Mãe de Deus em diversas aparições: Maria SS. pedia a edificação de uma ermida no lugar denominado Cerro de Tepeyac. Para desvencilhar-se do visionário sem o magoar, o afável Bispo pediu ao índio que lhe levasse uma prova convincente de que dizia a verdade. E que, em caso contrário, não o molestasse mais. Alguns dias mais tarde retornou Juan Diego levando como prova uma porção das chamadas “rosas de Castilla”, que não podiam florescer naquela estação do ano (mês de dezembro) e que ele afirmava lhe haviam sido entregues pela própria Virgem a fim de que as mostrasse ao Bispo. O jovem trazia as flores na túnica ou tilma milagrosamente estampada do índio Juan Diego. Este é o relato, sumarissimamente narrado, escrito em língua náhualt no tempo em que ainda vivia Hernán Cortés.
A explosão devota que desde os primeiros tempos da pacificação do México se produziu foi tão inusitada, e tão notáveis as peregrinações espontâneas de índios que acudiam de toda a parte para render culto à imagem, que o evento não pode deixar de ser mencionado por Bernal Diaz del Castillo em sua magna crônica da conquista de Nova Espanha.
E chegamos a nossos dias – ou melhor, a nosso século -, em que se constituiu uma Comissão de estudos para investigar não poucos fenômenos inexplicáveis da famosa tilma de Juan Diego.
Os exames cientifícos
1. Em primeiro lugar, chama a atenção dos peritos téxteis a singular conservação do rude tecido. Hoje em dia está protegido por cristais. Mas durante séculos esteve exposto, sem maiores cuidados, aos rigores do calor, da poeira e da umidade, e todavia sua tessitura não se desfibrou nem tampouco se lhe desvanesceu a admirável policromia.
A matéria física sobre a qual a imagem ficou estampada, é tecido confeccionado com fibra de ayate, da espécie mexicana “agave potule zacc”, que se decompõe por putrefação aos vinte anos aproximadamente, como se provou com várias reproduções feitas de propósito.
Em contraposição, a túnica do contemporâneo de Cortés já dura quatrocentos e cinquenta anos sem se rasgar nem decompor, e, por causas incompreensíveis para os mencionados peritos, é imune á umidade e à poeira.
Em contraposição, a túnica do contemporâneo de Cortés já dura quatrocentos e cinquenta anos sem se rasgar nem decompor, e, por causas incompreensíveis para os mencionados peritos, é imune á umidade e à poeira.
Atribuiu-se esta virtude ao tipo de pintura que cobre a tela e que poderia muito bem atuar como poderosa matéria protetora; em conseqüência do que, enviou-se uma amostra para que fosse analisada pelo cientista alemão e prêmio Nobel de Química Richard Kuhn, cuja resposta deixou perplexos os consultantes. Os corantes da imagem guadalupana – respondeu o sábio alemão – não pertencem ao reino vegetal, nem ao mineral nem ao animal.
Pensou-se que talvez a tela estivesse tratada por um procedimento especial. As grandes pinturas da antiguidade puderam chegar até nós por estarem os tecidos que as recebiam (ou os paramentos dos “frescos”) previamente “preparados”, cobertos por uma cola ou estuque especiais. De que notável consistência seria esta preparação para que a pintura pudesse aderir e conservar-se incólume sobre matéria tão frágil e perecível, como é o ayate?
Confiou-se a dois estudiosos norte-americanos (o doutor Callagan, da equipe científica da NASA, e o professor Jody B. Smith, catedrático de Filosofia da Ciência na Pensacolla College) a tarefa de submeterem a imagem guadalupana à análise fotográfica com raios infravermelhos. As suas conclusões foram as seguintes:
Primeira: O ayate – tela rala de fio de magüey – não possui proporção alguma, o que torna inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos, que os corantes impregnem fibra tão inadequada e nela se conservem.
Segunda: Não há esboços prévios, como os descobertos pelo mesmo processo nos quadros de Velázquez, Rubens, El Greco e Ticiano. A imagem foi pintada diretamente, tal qual a vemos, sem esboços nem retificações.
Terceira: No há pinceladas. A técnica empregada é desconhecida na história da pintura. É inusitada, incompreensível e irrepetível.
2. Paralelamente a isso, conhecido oculista de nome hispano-francês, Torija Lauvoignet, examinou com um oftalmoscópio de alta potência a pupila da imagem e observou, maravilhado, que na íris refletida uma mínima figura que parecia o busto de um homem. E este foi o antecedente imediato para promover a investigação que passo a explicar: a “digitalização” dos olhos da Virgem de Guadalupe.
Sabemos que na córnea do olho humano se reflete o que a pessoa está vendo no momento. O doutor Aste Tonsmann fez fotografar (sem que ele estivesse presente) os olhos de uma filha sua, e, utilizando o procedimento denominado “processo de digitalizar imagens”, pôde, sem mais, averiguar tudo quanto via sua filha no momento de ser fotografada. Este mesmo cientista, cuja profissão atual é a de captar as imagens da Terra transmitidas no espaço pelos satélites artificiais, “digitalizou” no ano passado (1980) a imagem guadalupana e os resultados começam agora a ser conhecidos. Consiste o procedimento em dividir a imagem em quadrículas microscópicas até o ponto de, numa superfície de um milímetro quadrado, caberem vinte e sete mil setecentos e setenta e oito ínfimos, mínimos quadradinhos. Uma vez feito isto, cada mini-quadrícula pode ser ampliada, multiplicando-se por dois mil, o que permite a observação de pormenores impossíveis de serem captados a olho nu. Ora os pormenores que se observaram na íris da imagem guadalupana são: um índio no ato de desdobrar sua tilma perante um franciscano: o próprio franciscano, em cujo rosto se vê escorrer uma lágrima, uma pessoa muito jovem, tendo a mão sobre a barba com ar de consternação; um índio com o torso desnudo em atitude quase orante; uma mulher de cabelo crespo, provavelmente uma negra, serviçal do Bispo; um varão, uma mulher e umas crianças com a cabeça meio-raspada e mais outros Religiosos vestidos com hábito franciscano, isto é… o mesmo episódio relatado em náhualt por um anônimo escritor indígena na primeira metade do século XVI e editado em náhualt e em espanhol por Lasso de la Veja em 1649, consoante já mencionei!
Atualmente estudos iconográficos estão sendo feitos a fim de comparar estas figuras com os retratos conhecidos do Arcebispo Zumárraga e de pessoas de seu tempo ou do lugar. O que é radicalmente impossível, é que num espaço tão pequeno como a córnea de um olho, situada numa imagem de tamanho aproximado ao natural, um miniaturista tenha podido pintar aquilo que foi necessário ampliar em duas mil vezes para que pudesse ser percebido.
Conclusão
O advogado e professor Luís Fernández Hernández, antigo colaborador na Espanha da Editorial Católica, solicitou-se que lhe prefaciasse um livro escrito para celebrar a 450º aniversário dos misteriosos eventos da colina de Tepeyac, que tiveram como protagonistas o índioJuan Diego e o Bispo espanhol Frei Juan de Zumárraga. Os dados por mim aqui apresentados, tomei-os deste livro, de próxima aparição.
“Inexplicável”, exclamaram os membros da Comissão de Estudos quando conheceram o veredito do sábio germânico Richard Kuhn segundo o qual a policromia da imagem guadalupana não procedia de corantes minerais, vegetais ou animais. “inexplicável!”, declararam por escrito os estudiosos norte-americanos Smith e Callagan ao verem por meio dos raios infra-vermelhos que a “pintura” não apresentava pinceladas, e estava isento de toda preparação o miserável ayate da tilma de Juan Diego. E o doutor Aste Tonsmann, ao mencionar em numerosas conferências o achado de figuras humanas de tamanho infinitesimal na íris da Virgem, não se cansa de repetir: “Inexplicável! Radicalmente inexplicável!”
(Extraído do jornal ABC, edição internacional, nº 1657, de 6/10/1981).
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 262 – Ano 1982 – p. 208
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 262 – Ano 1982 – p. 208
http://cleofas.com.br/a-imagem-da-virgem-de-guadalupe-eb/
História de Nossa Senhora de Guadalupe
Você conhece a história de Nossa Senhora de Guadalupe? É realmente algo extraordinário!
O ícone de Nossa Senhora de Guadalupe, assim como o Santo Sudário, são um dos maiores milagres da História da Igreja, tanto é que são guardados juntos.
Pouco tempo após a descoberta da América, por Cristóvão Colombo, iniciou-se o processo de evangelização, com o trabalho dos franciscanos, dominicanos, jesuítas, entre outros. No México, nesta época, habitavam a região os astecas e maias, que eram tribos indígenas antropófagas e que faziam muitos sacrifícios com vidas humanas.
Foi um período muito difícil, pois os índios resistiam a evangelização, e os franciscanos, dominicanos, já não sabiam mais o que fazer.
Foi em meio a essa situação que Nossa Senhora começou a aparecer a um índio chamado Juan Diego, cuja história você conhecerá ao assistir este vídeo.
http://cleofas.com.br/historia-de-nossa-senhora-de-guadalupe/